O estado do Rio Grande do
Norte terá de qualificar 85.901 trabalhadores em ocupações industriais nos
níveis superior, técnico, qualificação e aperfeiçoamento entre 2019 e 2023. Os
dados são do Mapa do Trabalho Industrial, elaborado pelo Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial (SENAI) para subsidiar a oferta de cursos da
instituição. Essas ocupações têm em sua formação conhecimentos de base
industrial e por isso são oferecidas pelo SENAI, mas os profissionais podem
atuar em qualquer setor da economia.
A demanda prevista pelo estudo
inclui, em sua maioria, o aperfeiçoamento (formação continuada) de
trabalhadores que já estão empregados. Em parcela menor (27%) estão aqueles que
precisam de capacitação para ingressar no mercado de trabalho (formação
inicial). Nesse grupo estão pessoas que vão ocupar tanto novas vagas quanto
postos já existentes e que se tornam disponíveis devido a aposentadoria, entre
outras razões.
Além de subsidiar a oferta de
cursos do SENAI, o Mapa do Trabalho pode apoiar jovens na escolha da profissão
e trabalhadores que desejam se recolocar no mercado. “O profissional
qualificado de acordo com a necessidade do mundo de trabalho tem mais chances
de manter o emprego e também pode conseguir uma nova oportunidade mais
facilmente quando as vagas forem oferecidas”, afirma o diretor-geral do SENAI,
Rafael Lucchesi.
FORMAÇÃO DE TÉCNICOS
As áreas que mais vão demandar
a capacitação de profissionais com formação técnica no Rio Grande do Norte são
transversais; energia e telecomunicações; metalmecânica; construção; e
informática. Profissionais com qualificação transversal trabalham em qualquer
segmento, como técnicos em eletrotécnica e técnicos de controle da produção.
METODOLOGIA
O Mapa do Trabalho Industrial
é elaborado a partir de cenários que estimam o comportamento da economia
brasileira e dos seus setores; projeta o impacto sobre o mercado de trabalho e
estima a demanda por formação profissional industrial (formação inicial e
continuada). As projeções e estimativas são desagregadas no campo geográfico,
setorial e ocupacional, e servem como parâmetro para o planejamento da oferta
de cursos do SENAI.
Na opinião de Rafael Lucchesi,
conhecer as necessidades do mercado é fundamental para o planejamento da oferta
de formação profissional. “O SENAI é referência em educação profissional porque
está alinhado com as necessidades da indústria e mantém seus cursos atualizados
com o que existe de mais avançado em termos de tecnologia”, explica.
A instituição possui o Modelo
SENAI de Prospecção, que permite prever quais serão as tecnologias utilizadas
no ambiente de trabalho em um horizonte de cinco a dez anos. A metodologia já
foi transferida a instituições de mais de 20 países na América do Sul e no
Caribe. O método foi apontado ainda pela Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE) e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT)
como exemplo de experiência bem sucedida na identificação da formação
profissional alinhada às necessidades futuras das empresas.
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