
“Chutar ou não chutar é uma
questão complexa em se tratando de TRI [teoria de resposta ao item]”, diz o
professor de física do curso online Descomplica, Rafael Vilaça. “Se uma questão
é fácil, é esperado que aluno saiba fazer. Se ele chuta uma questão fácil, isso
é mal interpretado pelo sistema. A meu ver, é mais tranquilo chutar uma questão
difícil”, explica.
Para ir bem na prova, é
preciso conhecer o sistema de correção do exame. No Enem, não há um valor fixo
para cada questão. A pontuação varia conforme o percentual de acertos e erros
naquele item entre os participantes e, também, de acordo com o desempenho de
cada estudante na própria prova. A correção segue chamada teoria de resposta ao
item (TRI).
“A TRI leva três aspectos em
consideração: o conhecimento do candidato; o nível da questão em si, se é
fácil, médio ou difícil; e, a aleatoriedade, ou seja, o chute”, diz Vilaça.
Se a questão tiver um grande
número de acertos entre os candidatos, ela será considerada fácil e, por essa
razão, valerá menos pontos. Por outro lado, o estudante que acertar um item com
alto índice de erros, poderá ganhar mais pontos por ele.
O sistema de correção permite
ainda detectar chutes, pois avalia o comportamento de cada candidato na prova.
A TRI pressupõe que um candidato com um certo nível de proficiência tende a
acertar os itens de nível de dificuldade menor que o de sua proficiência e
errar aqueles com nível de dificuldade maior. É muito comum dois participantes
acertarem o mesmo número de itens, mas terem médias finais diferentes no Enem.
Na TRI é importante, portanto,
que o estudante resolva as questões fáceis, pois, parecerá ao sistema que ele
está chutando se acertar apenas questões difíceis. “Se errar as fáceis e
acertar as difíceis, a nota é menor”, diz o diretor pedagógico do Curso Anglo,
de São Paulo, Renan Miranda.
“Se ficou na dúvida, pule a
questão e volte depois. Não se desgaste. Tenha um tipo de marcação para as
questões que vai pular, mas assinale alternativas em todas as questões. Não
deixe nenhuma em branco”, orienta Miranda.
Uma dica, segundo ele, é ler
com atenção os enunciados da prova. “No tipo de prova do Enem, mesmo não
sabendo a resposta, uma boa leitura do enunciado e das alternativas, no mínimo,
vai ajudar a eliminar umas duas alternativas, e a chance de acerto será maior.
Mesmo o chute, precisa de raciocínio”, afirma.
Neste domingo (3), os
participantes farão as provas de redação, linguagens e ciências humanas. O Enem
continua no próximo domingo (10), quando serão aplicadas as provas de ciências
da natureza e matemática. A TRI é usada na correção de todas as provas, com
exceção da redação. Ao todo, os estudantes responderão a 45 questões de
múltipla escolha em cada uma delas.
Atenção!
Os portões abrirão às 12h e
fecharão às 13h, no horário de Brasília. A prova começará a ser aplicada às
13h30 e terminará às 19h. O Ministério da Educação (MEC), divulgou a lista dos
horários locais do Enem, de acordo com os fusos horários do país.
O local de prova de cada
candidato está disponível no Cartão de Confirmação da Inscrição, que pode ser
acessado na Página do Participante e pelo aplicativo do Enem, que pode ser
baixado nas plataformas Apple Store e Google Play.
Para fazer o exame, é
obrigatório apresentar um documento oficial de identificação, original e com
foto. A lista dos documentos aceitos no Enem está disponível na internet. Além
disso, é preciso ter uma caneta esferográfica de tinta preta e fabricada em
material transparente. Se a prova for respondida com qualquer caneta que não
atenda essas especificações, o candidato será eliminado.
Aqueles que precisam comprovar
que fizeram a prova para justificar falta no trabalho, por exemplo, devem
imprimir e levar a Declaração de Comparecimento para ser entregue ao aplicador
na sala do exame. Esse documento é personalizado e está disponível também na
Página do Participante. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (Inep) não fornecerá comprovantes após as provas.
Além disso, é aconselhável imprimir e levar o Cartão de Confirmação da
Inscrição.
Agência Brasil
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