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Trabalho de limpeza na praia dos Carneiros, em Pernambuco — Foto: BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM/ESTADÃO CONTEÚDO
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Em nota, a Lachmann afirma que
não é alvo da investigação da PF, e que foi solicitada para colaborar com as
investigações. Isso porque, segundo alega, em 2016 atuou como prestadora de
serviço para a empresa dona do navio suspeito. "A agência marítima é uma
prestadora de serviços para as empresas de navegação, não tendo nenhum vínculo
ou ingerência sobre a operacionalidade, navegabilidade e propriedade das
embarcações", diz a Lachmann no comunicado à imprensa.
"Nós temos a prova da
materialidade e indícios suficientes de autoria. O que nos falta são as
circunstâncias desse crime, se é doloso, se é culposo, se foi um descarte ou
vazamento", afirmou o delegado da Polícia Federal no Rio Grande do Norte,
Agostinho Cascardo.
De acordo com a
procuradora-chefe da Procuradoria da República no Rio Grande do Norte, Cibele
Benevides, ainda não é possível dizer se novas manchas chegarão à costa
potiguar. “Esse óleo que chegou na costa brasileira não representa todo o óleo
que foi derramado. Uma parte do óleo pode ser evaporada, em torno de 40%; uma
parte pode ficar decantada e vir devagar para a costa brasileira. Então, a
gente ainda não tem como afirmar que parou, que cessou, ou quando vai cessar.
(…) Estima-se que a mancha original foi de 2,5 mil toneladas de petróleo cru”,
afirmou.
O navio carregou 1 milhão de
barris de petróleo na Venezuela, segundo informações da empresa de
geointeligência Kpler, ao G1.
Segundo os investigadores, a
embarcação é legal e o cumprimento dos mandados visa levantar documentações e
informações sobre os dados da carga, tripulação, e o que aconteceu. O navio
ainda está em alto mar.
"O navio está sendo
monitorado e se dirigindo provavelmente pra Costa da África. Assim que ele
aportar a gente tenta conseguir mais informações.No momento o foco são as
empresas de representação do navio aqui (no Brasil). As empresas não são
suspeitas, elas são simplesmente alvo na busca de documentos que possam ajudar
a identificar o que aconteceu, mas elas em si não são investigadas",
reforçou a procuradora.
Segundo a PF, a embarcação
deixou a Venezuela no dia 18 de julho e a primeira aparição da mancha ocorreu
dia 29, às 11h55 da manhã. "A partir daí a mancha começa a se espalhar e
se dirigir a Oeste", pontuou o delegado.
Para os investigadores, apenas
um navio mercante, carregado de petróleo, poderia ter deixado essa mancha,
ressaltou o delegado. Cascardo destacou que o navio já havia ficado preso nos
Estados Unidos, em abril, por causa de problemas no filtro de descarte da
embarcação.
G1
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