Ainda que falte muito tempo –
e que nem nossas próximas milhares de gerações testemunhem – o fato é que, um
dia, o Sol vai morrer. Como o de milhares de estrelas já observadas no universo,
seu ciclo de vida, embora inimaginavelmente longo, também terá um fim.
Modelos de evoluções estelares
podem nos ajudar a entender esse processo e a compreender nosso lugar no
cosmos. “Se não entendemos nosso próprio Sol – e há muitas coisas que não
sabemos sobre ele – como podemos esperar entender todas as outras estrelas que
compõem nossa maravilhosa galáxia?”, disse o astrônomo Orlagh Creevey, do
Observatório de la Côte d’Azur, na França.
A melhor forma de fazer isso é
procurar na via láctea por estrelas semelhantes ao Sol em diferentes
estágios de suas vidas, e depois posicioná-las em uma linha do tempo para
modelar o passado e o futuro de nossa própria estrela. Com a mais recente
divulgação de dados do projeto Gaia, da Agência Espacial Europeia (ESA), agora
temos a linha do tempo mais detalhada da vida do Sol já projetada.
Mapear a Via Láctea com a mais
alta precisão é a missão primária da espaçonave, que está equipada com um
conjunto de instrumentos para rastrear as posições e movimentos das estrelas no
céu, enquanto faz análises detalhadas do brilho e da classificação espectral de
cada estrela.
Esses valores podem ser usados
para determinar fatores como composição química e temperatura, e também podem
ser plotados em um gráfico conhecido como diagrama de Hertzsprung-Russell, que
dá uma estimativa da idade da estrela.
Embora a massa de uma estrela não mude à medida que ela envelhece, sua
temperatura altera muito significativamente, conforme ocorre a fusão nuclear em
seu interior, que é observada como variações na intensidade de seu brilho.
Fonte: Olhar digital
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