A Moderna, fabricante de
um dos imunizantes da covid-19, e a Merck (MSD no Brasil) divulgaram que
os resultados da segunda fase dos testes clínicos de uma vacina para tratamento
contra o câncer de pele podem sair ainda em 2022. Caso os dados sejam
positivos, o imunizante seguirá para a terceira e última fase antes da
aprovação das reguladoras de saúde.
Segundo informações do O GLOBO, a vacina usa a mesma
tecnologia de imunizantes criados para agir contra a covid-19: RNA mensageiro
(RNAm). O sistema se mostrou eficaz em despertar a proteção do organismo e por
isso acabou impulsionando o método em outras áreas da ciência para evitar e
tratar doenças como o HIV e a zika.
“Com os dados esperados para este trimestre sobre a PCV (sigla em inglês para vacina personalizada para câncer), continuamos entusiasmados com o futuro e o impacto que o RNAm pode ter como um novo paradigma de terapia no tratamento do câncer. Continuar nossa aliança estratégica com a Merck (MSD no Brasil) é um marco importante, pois continuamos a aumentar nossa plataforma de RNAm com programas clínicos promissores em várias áreas terapêuticas”, disse o presidente da Moderna, Stephen Hoge, em comunicado.
Diferente das vacinas
tradicionais, a RNAm não funciona com vírus inativado ou a introdução de parte
dele no organismo. A tecnologia é como uma “mensagem” ou código que instrui as
células do corpo a produzir determinada proteína. No caso da covid, o
imunizante usa o próprio organismo para fabricar a famosa proteína S do
coronavírus, induzindo assim o corpo a produzir as células de defesa e
anticorpos contra a Sars-CoV-2.
Olhar Digital
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