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O deputado estadual Agnelo
Alves, do PDT, afirmou neste mês que jamais viu tamanha indefinição política em
ano de eleição. Pois a situação está perto de se definir. A julgar pelas
notícias recentes, PMDB e PSD deverão disputar o Governo do Estado neste ano. A
atual governadora Rosalba Ciarlini, do DEM, corre por fora para ainda ser
candidata.
Com relação ao PMDB, na última
semana, finalmente, uma definição. Não com relação ao nome do candidato, mas
sim a forma de escolha. Segundo o presidente estadual peemedebista, o deputado
Henrique Eduardo Alves, a sigla deverá consultar as suas bases políticas no
início deste mês para saber quem eles preferem na chapa majoritária para se
aliar.
Ou seja: basicamente, vai ser
definido se aceita as exigências do PT, se aliando ao partido e lançando a
candidatura de Fátima Bezerra, consequentemente, tirando PSDB, DEM e PSB das
alianças; ou se abre espaço para a potencial candidatura da ex-governadora
Wilma de Faria, oferecendo para ela o espaço para concorrer ao Senado – e, ainda,
permitindo que PSDB e DEM façam parte do chapão na proporcional.
Em março, o PMDB deverá
escolher quem será o candidato ao Governo do Estado. Henrique Eduardo Alves e o
ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, defenderão o nome do
ex-senador Fernando Bezerra. Contudo, a definição deverá ser feita, também,
pelas bases do partido, em consulta realizada durante todo o mês. Fechado
aliança e candidato, a sigla parte para definir o projeto de Governo levado
para a população.
“O povo do Rio Grande do Norte
está cansado de frustrações. Coisas que se promete – educação, saúde,
mobilidade, infraestrutura – é fácil esse discurso, mas como fazê-lo? Como
buscar recursos? De que maneira operá-los? É isso que, com clareza, a gente
quer propor ao Rio Grande do Norte para resgatar a credibilidade do povo do
Estado na proposta política, da classe política. Esse é o principal. O
interlocutor, nós temos nomes capazes, competentes, para representar esse
pensamento do PMDB e dos partidos coligados”, afirmou Henrique Alves.
PT e PSD
Esse projeto do PMDB tem,
atualmente, o apoio de PDT, PROS, PV, PR e PSDB. Anúncios, ainda não
oficiais, feitos em janeiro. Com relação ao PT, porém, é provável que os
peemedebistas estejam bem perto de seguir por outro caminho. Afinal, no
primeiro mês de 2014, a sigla de Fátima Bezerra confirmou que terá mesmo
candidatura ao Senado e vetou, seguindo determinação nacional, qualquer aliança
com partidos de oposição à reeleição de Dilma Rousseff na Presidência da
República.
Assim sendo e com o desejo do
PMDB de fazer a chapa mais ampla possível, já existe setores petistas
defendendo que o partido “busque seu rumo”, não esperando mais pela definição
peemedebista e optando, já, pela aliança com o PSD do vice-governador Robinson
Faria, pré-candidato ao Governo.
Entre os defensores desse
caminho para o PT, os ex-presidente do partido no RN, Geraldo Saraiva, o
Geraldão do PT. “Para mim, o que representa o novo com experiência é a chapa
Fátima Bezerra para o Senado e Robinson Faria para o Governo. Fátima porque é
uma das deputadas mais atuantes hoje, teve uma evolução no mandato para essa
candidatura ao Senado. A de Robinson é uma candidatura madura, lançada já há
quatro anos, bem segmentada no eleitorado, que representa realmente o novo, mas
com a experiência de um político que tem uma longa bagagem”, analisou Geraldão,
na última semana.
PSB
Assim, o que se desenha com
traços mais fortes com relação ao cenário político eleitoral de 2014 no RN são
as chapas PSD/PT e PMDB/PSB. O partido de Wilma de Faria cresceu no final de
2014, mas com a aproximação das lideranças políticas do Estado às intenções
peemedebista, é provável que a ex-governadora aceite mesmo fazer parte do
projeto do PMDB e não se arrisca uma candidatura isolada.
Contudo, essa ideia, segundo a
presidente do PSB no RN, a própria Wilma, deverá ser feito só mais para frente,
quando o partido fizer reuniões por todo o Estado, elaborando uma série de
propostas para um projeto de Governo. “Nós vamos discutir temas importantes
para a sociedade. Saúde, segurança e o problema do homem do campo. Por que é
que a Emater não está funcionando? Por que não tem uma parceria maior com o MDA
(Ministério de Desenvolvimento Agrário)? Por que tudo é tão lento?”,
exemplificou Wilma.
DEM
Tida como descartada no final
do ano passado, devido ao isolamento político do Governo e a desaprovação
social, a governadora Rosalba Ciarlini, do DEM, mostrou em janeiro que ainda
pode ser candidata à reeleição. O nome dela foi defendido por Betinho Rosado,
do PP, deputado federal e cunhado dela, e também pelo ex-deputado Ney Lopes.
Neste mês que se encerrou, Ney
Lopes abriu o debate em torno da possibilidade de candidatura a reeleição dela,
defendendo o Governo do DEM. A resistência, porém, ainda seria do
presidente nacional do partido, o senador José Agripino. Ao que parece, ele estaria
preferindo abrir mão da candidatura de Rosalba para se aliar a outras siglas e
viabilizar a reeleição do filho, Felipe Maia, na Câmara dos Deputados.
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