A operação Coiteiros recebeu
este nome em alusão aos indivíduos que dão asilo, favorecem ou protegem
malfeitores. Na ocasião, 13 suspeitos foram presos em flagrante, sendo dois por
tráfico de drogas e 11 por posse ilegal de armas de fogo, resultado de mandados
de prisão, busca e apreensão expedidos pela Comarca de Caicó. Entre os alvos da
operação estão soldados e um sargento da Polícia Militar - este último lotado
no Comando de Policiamento Rodoviário
Estadual (CPRE) - um agente penitenciário e empresários que atuam na região.
Ainda de acordo com o
Ministério Público, cinco dos denunciados continuam detidos. Os outros três não
foram encontrados durante a operação e são considerados foragidos. As
investigações apontam que dois irmãos usavam propriedades rurais localizadas na
região Seridó, e até no estado do Ceará, para dar proteção a foragidos da
Justiça - dentre eles acusados de homicídios e de assaltos – dificultando a
ação da Justiça para cumprimento de mandados de prisão. Além de fornecer
esconderijo aos criminosos, os presos também são suspeitos de ajudar na
contratação de advogados.
Parte do grupo é citada como
envolvida no assassinato do caicoense Isaac Torres, morto no dia 21 de maio de
2013 na zona rural de Caicó. A denúncia do MP também revela na investigação a
existência de planos para assassinar mais quatro pessoas.
Três núcleos
O MP afirma que a investigação
do caso englobou três núcleos: milícia privada, tráfico de drogas e corrupção
de agentes públicos. Esta primeira, refere-se aos oito denunciados nesta
quinta-feira (6). O segundo núcleo trata de tráfico de drogas, cujo prazo para a
conclusão da investigação é de 30 dias. O terceiro investiga crimes de
homicídio, para os quais os promotores requisitam a conclusão do inquérito para os próximos 15 dias.
Tortura
O MP também revelou a
existência de uma investigação que tem relação com a operação Coiteiros. Nesta,
um agropecuarista à apontado como suspeito de tortura - investigado pela
Delegacia de Florânia. Consta no inquérito que o suspeito, acompanhado de
terceiros, teria por conta própria investigado um furto que ocorreu em uma de suas
propriedades e, em seguida, “capturado e torturado barbaramente o cidadão que
teria sido o autor do delito”.
G1 RN
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