Depois de um comportamento
negativo nos últimos meses, o consumo de energia elétrica demandado ao Sistema
Interligado Nacional (SIN) cresceu 5,9%, de janeiro para fevereiro deste ano.
Em comparação a fevereiro do ano passado, o aumento chegou a 2%. Apesar do
crescimento destes primeiros dois meses do ano, o consumo acumulado dos últimos
doze meses ainda é negativo em 2,1%, em relação ao período entre janeiro de
2015 e fevereiro de 2016.
Os dados integram o Boletim de
Carga Mensal de fevereiro do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS),
divulgado hoje (7). Eles indicam que, em fevereiro, foram demandados ao Sistema
69.510 megawatts/médios (Mwmédio) em fevereiro.
O aumento de 5,9% na procura
por energia de janeiro para fevereiro foi atribuído pelo ONS a temperaturas
relativamente elevadas nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul e ao maior
número de dias úteis, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, que
contribuíram para a elevação do consumo, mesmo com os indicadores da economia
divulgados pelo mercado mostrando, ao longo dos últimos meses, “o baixo
desempenho da atividade econômica, diante da demanda interna fraca causada
principalmente pelo endividamento das famílias, da presença de taxas de juros e
de desemprego elevadas, fatores que vêm impactando negativamente o
comportamento da carga”.
Reflexos
Na avaliação do Operador
Nacional do Sistema, a elevação das tarifas de energia elétrica vem se
refletindo nos padrões de consumo de energia, contribuindo para a redução da
carga, principalmente nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul.
O ONS ressaltou que a carga de
fevereiro de 2015 ainda não estava sob o impacto da Revisão Tarifária
Extraordinária – RTE -, que começou a ser sentida pelos consumidores a partir
de abril último. Em consequência, a mesma carga do subsistema Nordeste que, ao
longo de 2015, se mostrava menos sensível aos efeitos da conjuntura econômica adversa,
já apresenta variações negativas nos primeiros dois meses de 2016.
Segundo o ONS, a variação
positiva de 1% na carga ajustada do SIN em fevereiro último, quando comparada a
fevereiro de 2015, ratifica os resultados e mostra que os fatores fortuitos,
não econômicos, contribuíram positivamente com 1% para a taxa de crescimento de
consumo: 5,9%. Para o subsistema Sudeste/Centro-Oeste, os valores de carga de
energia de fevereiro último apresentam acréscimo de 2,8% em relação a fevereiro
de 2015.
Número negativo
Com relação a janeiro de 2016,
há uma variação positiva de 7,7%. Mas o resultado acumulado nos últimos 12
meses mostra o subsistema Sudeste/Centro-Oeste ainda com variação negativa de
3,5%, em relação ao mesmo período anterior.
Para o Subsistema Sul, os
valores de carga de energia de fevereiro último indicam variação positiva de
1,1% em relação a fevereiro do ano passado. Com relação a janeiro de 2016,
houve acréscimo de 4,3%, enquanto no acumulado dos últimos 12 meses, o Sul
apresentou uma variação negativa de 3,5% em relação ao mesmo período anterior.
A variação positiva
apresentada pelo subsistema Sul é explicada, em parte, também pela ocorrência
de temperaturas relativamente elevadas, superiores às ocorridas neste mesmo mês
do ano anterior e pelo maior número de dias úteis.
Subsistema Nordeste
Já para o subsistema Nordeste,
os valores de carga de energia de fevereiro de 2016 indicam decréscimo de 1,4%
em relação aos valores do mesmo mês do ano anterior, mas com relação a janeiro
deste ano há uma variação positiva de 3,2%. No acumulado dos últimos 12 meses o
Nordeste teve crescimento de 1,8% em relação ao mesmo período anterior. No
subsistema Norte, o valor de carga de energia de fevereiro indica variação
positiva de 4,3% em relação a fevereiro do ano passado.
Agência Brasil
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