Após abrir em queda, o dólar
virou e passou a operar em alta nesta segunda-feira (7), após marcar a maior
queda semanal desde 2008, reflexo da maior probabilidade atribuída pelos
investidores de que a presidente Dilma Rousseff não conclua seu mandato. O
mercado de câmbio também era influenciado pelo quadro externo favorável e pela
decisão do Banco Central brasileiro de manter a oferta de swaps cambiais para
rolagem, após vender parcialmente o lote oferecido na sessão passada.
Às 15h49, a moeda
norte-americana operava em alta de 0,81%, vendida a R$ 3,7912. Veja a cotação
do dólar hoje. A divisa atingiu R$ 3,7350 na mínima.
Acompanhe a cotação ao longo
do dia:
Às 9h09, queda de 0,01%, a R$
3,7601.
Às 9h19, queda de 0,26%, a R$
3,7506.
Às 9h39, queda de 0,38%, a R$
3,7463.
Às 10h09, queda de 0,01%, a R$
3,7601.
Às 10h39, alta de 0,44%, a R$
3,7773.
Às 11h19, alta de 0,3%, a R$
3,7721.
Às 11h49, alta de 0,06%, a R$
3,7632.
Às 12h36, alta de 0,14%, a R$
3,7662.
Às 13h40, alta de 0,30%, a R$
3,7720.
Às 14h36, alta de 0,7%, a R$
3,7821.
"O embalo doméstico foi
muito forte, há uma certa euforia. Devemos ver alguma realização de lucro de
recomposição de posições nesta semana", disse o operador da corretora
B&T Marcos Trabbold à agência Reuters.
O ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva foi levado para depor na sexta-feira em nova etapa da operação
Lava Jato sob suspeita de ser beneficiário de crimes envolvendo a Petrobras,
aproximando ainda mais a investigação do atual governo.
A reação do dólar foi engatar
em forte queda frente ao real, já que muitos investidores entendem que eventual
troca do governo pintaria um quadro mais favorável à recuperação da economia
brasileira. Alguns operadores ponderam, porém, que essas incertezas políticas prejudicam
ainda mais a governabilidade do país.
Nesta sessão, a alta dos
preços do petróleo e das ações chinesas, após diversas autoridades da China
garantirem que a economia vai permanecer sólida, sustentavam o bom humor nos
mercados externos.
Na sexta, o dólar caiu 1,09%,
a R$ 3,7607. Na semana passada, a queda foi de 5,93% - maior recuo semanal
desde outubro de 2008, segundo a Reuters. No mês e no ano, há desvalorização
acumulada de 6,06% e 4,74%, respectivamente.
Ação do BC
Na sexta-feira, o Banco Central
vendeu apenas 8 mil dos 9,6 mil swaps cambiais ofertados em leilão para rolagem
dos contratos que vencem em abril, equivalentes a US$ 10,092 bilhões.
A decisão afastou a moeda
norte-americana das mínimas da sessão passada, quando chegou a recuar à casa
dos R$ 3,65, e alimentou expectativas de que o BC poderia reduzir o ritmo das
ofertas nos dias seguintes.
Após o fechamento, porém, a
autoridade monetária anunciou para este pregão leilão com a mesma oferta de até
9,6 mil contratos. “O BC indicou que está disposto a diminuir a rolagem quando
as condições permitirem, mas talvez esta não seja a hora. Acho que ele sabe que
o mercado deve continuar volátil, é bom manter a oferta de proteção”, disse o
operador de um banco nacional.
G1
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