Afastado da Câmara nesta
quinta-feira, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) afirmou que “estranha e
contesta” a decisão do Supremo Tribunal Federal e anunciou que vai recorrer.
Nesta quinta-feira, os ministros do STF decidiram, em votação unânime (11 a 0),
suspender o mandato do deputado, o que acarreta o seu afastamento da
presidência da Câmara. Ao final da entrevista coletiva concedida na porta da
residência oficial, Cunha disse que não vai renunciar ao cargo:
— Não renuncio a nada. Nem ao
cargo, nem a presidência.
Cunha disse que respeita a
decisão do STF, mas que irá recorrer:
— A gente respeita a Suprema
Corte do país. Obviamente a decisão tem que ser cumprida. Porém, não posso
deixar de estranhar e contestar. Obviamente, vou recorrer.
O deputado afastado voltou a
reclamar do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, autor de seu pedido
de afastamento, em dezembro de 2015:
— Estranhamento essa ação
cautelar está sendo votada depois que o impeachment foi votado — disse Cunha. —
Os 11 fatos que são elencados são absolutamente contestáveis e o mérito não foi
devidamente debatido com todo o respeito ao contraditório
Ele voltou a criticar o PT, ao
dizer que seu afastamento é uma retaliação por ter recebido o pedido de
impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ele também rebateu a afirmação de
Dilma Rousseff que, nesta quinta-feira, disse que Cunha presidiu o impeachment
com "cara de pau", e que o deputado vai "antes tarde do que
nunca". Ele repetiu a expressão de Dilma:
— Lógico que tem retaliação
política por causa do processo de impeachment. O PT quer companhia no banco dos
réus. Mas, graças a Deus, vamos acabar com isso na próxima quarta-feira. Se
Deus quiser, a presidente será afastada. Quarta-feira que vem a gente vai poder
dizer o mesmo, “antes tarde do que nunca” a gente vai poder se livrar do PT —
disse sobre a votação do impeachment no plenário do Senado, quando a presidente
poderá ser afastada do cargo por até 180 dias.
O Globo
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