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A semana do chamado esforço
concentrado na Câmara dos Deputados nem começou e o presidente interino da
Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), cancelou a sessão extraordinária prevista para a
noite de hoje e a reunião do colégio de líderes marcada para a tarde desta
segunda-feira.
Segundo o líder do governo,
André Moura (PSC-SE), Maranhão justificou o cancelamento com o argumento de que
não haveria quórum para iniciar as votações. “O Waldir Maranhão me comunicou
que por conta do quórum baixo – 73 deputados registraram presença até o momento
– ele resolveu cancelar a reunião do colégio de líderes e a sessão do dia de
hoje”, disse Moura.
O líder do governo disse que a
decisão foi precipitada, pois, normalmente, quando há votação na segunda-feira,
os deputados chegam na Casa. “Semana passada, passamos a semana sem votar nada
e começamos essa semana quebrando o entendimento de começarmos o esforço
concentrado [na segunda]”, disse.
Na semana passada, quando
anunciou o esforço concentrado, Maranhão disse que iria “recompensar o país”,
em uma tentativa de minimizar as críticas que recebeu depois que cancelou, na
semana de 20 a 24, as sessões de votação desta semana, por causa das festas
juninas no Norte e Nordeste do país. A paralisação das votações se manteve na
semana seguinte. Após sofrer diversas críticas, o presidente interino chegou a
marcar uma sessão deliberativa na última terça-feira (28), mas que também não
foi realizada por falta de quórum.
Ainda de acordo com o líder,
Maranhão prometeu manter as votações até quinta-feira à noite (7). O governo
tem pressa para destrancar a pauta, trancada por duas medidas provisórias e
abrir espaço para a votação de projetos que considera importantes.
Entre as matérias está o
projeto o que estabelece novas regras para escolha e atuação de dirigentes de
fundos de pensão e o que alonga por mais 20 anos o pagamento das dívidas dos
estados junto à União se forem adotadas restrições de despesas por parte dos
governos estaduais. O governo pretende votar a urgência da matéria ainda nesta
semana. “Num momento em que o país precisa que as matérias sejam votadas, o
prejuízo é enorme para o governo e para o país”, reclamou Moura.
Maranhão remarcou a reunião de
líderes para a tarde de amanhã (5), quando também será discutida o recesso
parlamentar, previsto na Constituição para o período de 17 a 31 de julho. O
governo defende a mudança do recesso de julho para o final de setembro. A
justificativa seria a proximidade com as eleições municipais. Outros preferem
manter o recesso na segunda quinzena de julho.
Agência Brasil
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