
A queda foi limitada por preocupações
depois da aprovação na Câmara do texto principal do projeto de lei sobre a
renegociação das dívidas estaduais.
A moeda norte-americana caía
0,28%, vendida a R$ 3,1322. Veja a cotação do dólar hoje.
É o menor valor desde o dia 2
de julho de 2015, quando o dólar fechou a R$ 3,0960.
Na mínima do dia, o dólar
chegou a R$ 3,1132, o menor nível intradia desde 14 de julho de 2015 (R$
3,1114), segundo a Reuters.
No mês de agosto, o dólar
recua 3,41%. No acumulado de 2016, moeda cai 20,6%.
Acompanhe a cotação ao longo
do dia:
Às 9h09, queda de 0,63%, a R$
3,1213
Às 9h39, queda de 0,77%, a R$
3,1168
Às 9h49, queda de 0,44%, a R$
3,1273
Às 10h39, queda de 0,44%, a R$
3,1274
Às 11h20, queda de 0,26%, a R$
3,1328
Às 12h10, queda de 0,2%, a R$
3,1347
Às 12h59, queda de 0,36%, a R$
3,1296
Às 14h40, queda de 0,38%, a R$
3,1290
Às 15h25, queda de 0,52%, a R$
3,1246
Às 16h, queda de 0,58%, a R$
3,1227
Às 16h20, queda de 0,59%, a R$
3,1226
Cenário externo
Após chegarem a subir mais
cedo, os preços do petróleo passaram a recuar quase 2% nesta quarta-feira após
surpreendente aumento nos estoques da commodity nos EUA. O movimento tirou
força do apetite por risco nos mercados internacionais, levando o dólar a
reduzir as perdas em relação às principais moedas emergentes.
"A queda do petróleo apagou
um pouco a euforia da manhã. Sempre que há um movimento unidirecional no dólar,
como nos últimos dias, há espaço para alguma consolidação (das cotações)",
disse o estrategista de um banco internacional à Reuters, sob condição de
anonimato.
A demanda por ativos de alto
risco nos mercados globais tem permanecido forte e ganhou mais impulso na
sexta-feira passada, quando dados mais fortes que o esperado sobre o mercado de
trabalho dos Estados Unidos alimentaram otimismo sobre a recuperação econômica
global.
Desde então, outros
indicadores econômicos em países como EUA e China vêm sustentando o bom humor e
a percepção de que, mesmo com o ritmo atual de recuperação econômica, os juros
norte-americanos não devem subir tão cedo. "O dólar não para de cair em todo
o mundo e o Brasil não é exceção", resumiu à Reuters o superintendente de
câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira.
Política continua sob as
atenções
Pela manhã, contribuiu para a
queda do dólar a aprovação do parecer pela continuidade do processo de
impeachment de Dilma. A perspectiva de que o impeachment seja confirmado em
julgamento no fim deste mês tem animado investidores, que vêm recebendo bem as
promessas de contenção de gastos do presidente interino Michel Temer.
Alguns, no entanto, preocupam-se
com os recentes recuos do governo em relação ao ajuste fiscal, como a retirada
do bloqueio a reajustes salariais ao funcionalismo público estadual em troca da
renegociação da dívida dos Estados.
Ainda predomina a leitura de
que o governo só terá margem de manobra suficiente para encabeçar os esforços
fiscais no Congresso Nacional quando o impeachment for confirmado, no que
analistas da corretora Lerosa Investimentos descreveram como uma "atitude
mais pró-ativa".
"Com isso, o fluxo está
garantido e as cotações podem sim romper os patamares de R$ 3,10 no curto
prazo", escreveram eles em nota a clientes.
Dados do Banco Central
mostram, porém, que o Brasil tem apresentado saídas líquidas de divisas, com
fluxo negativo de US$ 2,251 bilhões só na semana passada, concentrado na conta
financeira. Muitos operadores acreditam que essa tendência deve mudar após a
votação do impeachment.
Intervenção do BC
Nesta manhã, o Banco Central
brasileiro vendeu novamente a oferta total de até 10 mil swaps reversos, que
equivalem à compra futura de dólares. Na véspera, o BC vendeu novamente a
oferta total de até 10 mil swaps reversos, que servem para minimizar a queda da
moeda no mercado.
Último fechamento
Na terça-feira (9), o dólar
caiu 0,83%, a R$ 3,1411. Foi o menor patamar desde 15 de julho de 2015, quando
o dólar foi cotado a R$ 3,1360 no fechamento, segundo a Reuters.
G1
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