Um agente penitenciário do Rio
Grande do Norte foi demitido da função pública suspeito de por ter facilitado a
fuga de um preso, caso ocorrido em dezembro de 2015 em um hospital público de
São Gonçalo do Amarante, cidade da Grande Natal. A demissão, assinada pelo
governador Robinson Faria, pelo secretário de Justiça e da Cidadania Wallber
Virgolino, e pelo secretário de Administração e dos Recursos Humanos Cristiano
Feitosa Mendes, tem data de 5 de outubro, mas foi publicada na edição desta
terça-feira (8) do Diário Oficial do Estado.
Segundo a assessoria jurídica
da Sejuc, Benedito Pereira da Silva Filho tinha 13 anos de carreira no Estado.
Ele pode recorrer da decisão na Justiça. O caso ainda tramita na esfera
criminal. O G1 não conseguiu contato com o ex-agente.
"A demissão foi resultado de um Processo Administrativo
Disciplinar (PAD), amplamente investigado, favorecendo o contraditório e a
ampla defesa do acusado. Processo que segue os mesmos rituais de um processo
judicial. O Processo Administrativo Disciplinar foi instaurado em 17 de agosto
de 2016 pela Comissão Especial de Processo Administrativo (CEPA)",
acrescentou a Sejuc.
Além de ser suspeito de ter
facilitado a fuga do detento do hospital, a Sejuc informou que o ex-agente
também foi punido com a perda da função pública em um outro caso envolvendo
fuga de presos. No entanto, o processo ainda precisa passar pelo Gabinete
Civil. Foi no dia 17 de janeiro deste ano no Centro de Detenção Provisória do
Potengi, unidade localizada na Zona Norte de Natal. Na ocasião, um dos presos
fingiu estar passando mal, atraindo os agentes de plantão até a cela. Quando
foram verificar a situação do detento, os agentes foram rendidos. "Um dos
presos tinha uma arma, uma pistola 380. Ele atirou. Um dos tiros atingiu o
braço de um dos agentes. Outro tiro acertou o colete de um policial militar que
fazia a guarda da unidade", relatou o diretor Gilmar de Carvalho.
A investigação administrativa
concluiu que não apenas Benedito Pereira colaborou com a fuga, mas também
responsabilizou o próprio diretor. No caso de Gilmar, a pena foi mais branda. A
Sejuc revelou que ele foi punido com cinco dias de afastamento, o que foi
revertido em multa no valor de 50% do que ele ganha por dia de trabalho, ou
seja, terá descontado em seu contracheque dois dias e meio de serviço.
Fuga do hospital
A fuga do hospital em São
Gonçalo do Amarante aconteceu no dia 4 de dezembro do ano passado. Emerson
Félix, que respondia por homicídio, estava preso na Penitenciária Estadual de
Parnamirim (PEP). “O preso inventou uma doença. O diagnóstico foi dado por um
falso médico”, afirmou ao G1 o secretário Wallber Virgolino.
Durante a madrugada, Emerson
teria dito que estava com um sangramento. Enquanto a roupa de cama estava sendo
trocada, o detento pediu para tomar banho. Naquele momento, ele conseguiu
escapar. Benedito Pereira fazia a guarda do preso dentro do hospital.
A Sejuc não informou se o
detento foi recapturado.
G1RN
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