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Pequim/China - O presidente Michel Temer se encontra com Sun Yafang, presidente do conselho da Huawei (Foto: Isac Nóbrega/PR)Isac Nobrega/PR
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Ao discursar para investidores
chineses, o presidente Michel Temer disse hoje (2), em Pequim, que o Brasil
está recuperando o dinamismo da economia e voltando para “o trilho do
desenvolvimento”. Em seu terceiro dia de viagem à China, Temer discursou para
360 empresários no encerramento do Seminário sobre Oportunidades de
Investimento promovido pela Apex-Brasil.
“Sei, tenho a mais absoluta
convicção, pelos encontros que tive nesses dois dias aqui na China, com as
autoridades que gentilmente nos receberam, que a China continuará ao lado do
Brasil, neste momento em que voltamos para o trilho do desenvolvimento. Sei que
os empresários chineses são e seguirão sendo grandes parceiros nessa
empreitada”, disse.
Em seu discurso, Temer lembrou
que há um ano falou a empresários chineses em Xangai sobre a agenda de reformas
do seu governo para recuperar a economia. “Pois, hoje, passados 12 meses, posso
dizer-lhes que a missão está sendo cumprida. O Brasil está de volta e
aguardando os empresários chineses”, acrescentou.
Temer e os ministros do
Planejamento, Dyogo Oliveira, dos Transportes, Maurício Quintella, da
Agricultura, Blairo Maggi, de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, da
Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, apresentaram os
projetos de investimento, principalmente o pacote de concessões e privatizações
de aeroportos, portos, rodovias e linhas de transmissão lançado na semana
passada pelo governo.
O presidente voltou a comentar
resultados recentes da economia: “Só para registrar, dados muito recentes
revelam que no ano passado o PIB [Produto Interno Bruto] foi negativo no
Brasil, mas neste ano, no primeiro trimestre, foi de 1% e, logo agora, neste
segundo semestre, mais 0,2%. Portanto, recuperação do PIB brasileiro em
pouquíssimo tempo”.
Temer também falou da taxa
básica de juros da economia, a taxa Selic, que passou de mais de 14% para
9,25%: “A indicar que até o final do ano talvez estejamos em 7[%], 7,5%,
segundo dizem os analistas”, disse. “Eu confesso que fizemos tanto nesses 15
meses que nem parece que se passaram apenas 15 meses desde que assumimos o
governo”.
Aos investidores, Temer disse
que podem encontrar no Brasil oportunidades seguras para negócios. “Nós temos,
agora, um novo modelo para concessões e privatizações. É um modelo mais
previsível e mais racional, que fortalece a segurança jurídica. Porque nenhum
empresário aplica ou quer aplicar se não obtiver a segurança jurídica para o
seu investimento”.
Segundo a Presidência
brasileira, o vice-primeiro-ministro da China, Wang Yang, disse neste sábado,
durante encontro com Temer, que há interesse das empresas chinesas em
participar dos leilões programados do Programa de Parcerias de Investimento,
principalmente em áreas como energia e transportes.
Amanhã (3), Temer viaja para a
cidade chinesa de Xiamen, onde vai participar da 9ª cúpula de chefes de Estado
e de Governo do Brics (grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do
Sul) até terça-feira (5).
Atos
No seminário, foram assinados
oito atos empresariais, entre eles o termo de ratificação dos acordos para
implantação do parque siderúrgico entre o governo do Maranhão e a China Brazil
Xinnenghuan International Investment (CBSteel) e o protocolo de intenções entre
a Itaipu e a China Three Gorges Corporation para desenvolver ações conjuntas de
pesquisa nas áreas de energia renovável.
Na ocasião, foi firmado o
memorando de entendimento entre o Fundo de Investimento em Participações em
Infraestrutura e a China Communication Construction Company para a aquisição do
Terminal Graneleiro de Babitonga, em Santa Catarina.
Acordo de cooperação entre a
Petrobras e o China Development Bank e o memorando de entendimento para
cooperação entre o Banco do Brasil e o Industrial Commercial Bankof China
também foram assinados.
Brasil e China firmaram ontem
14 atos internacionais. Três deles são acordos bilaterais entre os dois
governos e os outros são acordos privados e interinstitucionais, que podem
gerar negócios e investimentos futuros no Brasil.
Agência Brasil
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