Com o objetivo de investigar
organização criminosa acusada de peculato, lavagem de dinheiro e desvios de
verbas públicas, a Polícia Federal (PF) em Roraima, em conjunto com a Receita
Federal, deflagrou a Operação Anel de Giges, na manhã de hoje (28). Estão sendo
cumpridos 17 mandados judiciais, sendo nove de busca e apreensão e oito de
condução coercitiva (quando a pessoa é levada para a delegacia a fim de prestar
depoimento e, em seguida, liberada).
Segundo a PF, durante a
investigação "foi identificado o desvio de 32 milhões de reais dos cofres
públicos, tendo como origem o superfaturamento na aquisição da Fazenda Recreio,
localizada em Boa Vista, e na construção do empreendimento Vila Jardim, do
projeto Minha Casa Minha Vida no bairro Cidade Satélite, na capital de
Roraima".
São investigadas ainda, de
acordo com a PF, as transações decorrentes da venda da fazenda para a
construção do empreendimento, bem como a fiscalização e aprovação do
financiamento pela Caixa Econômica Federal. Os mandados estão sendo cumpridos
em endereços em Boa Vista, Belo Horizonte e Brasília. São apuradas suspeitas de
crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa envolvendo a
Fazenda Recreio.
Anel de Giges, nome da
operação, segundo a PF, é uma referência à citação em um dos livros da obra A
República, de Platão, que aborda o tema justiça . “O Anel de Giges permite ao
seu portador que fique invisível e cometa ilícitos sem consequências”, de
acordo com a PF.
Agência Brasil
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