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quarta-feira, 3 de março de 2021

Covid-19: RN tem 95% de ocupação de leitos e fila de espera maior que número de UTI disponíveis

RN tem mais de 95% de ocupação dos leitos críticos para Covid-19 — Foto: Regula RN

Dos 21 hospitais com leitos críticos para Covid-19 no Rio Grande do Norte, 16 chegaram a 100% de ocupação na manhã desta quarta-feira (3). Todos os outros têm taxa de ocupação acima de 90%. A única exceção é o Hospital Maria Alice Fernandes que conta com leitos pediátricos, ou seja, para crianças.

 

Com isso, a taxa de ocupação de leitos críticos para Covid-19 passou de 95%. Na região Oeste, o percentual chegou aos 100% e na Grande Natal, 93,4%. No Seridó, região com a taxa mais baixa, a ocupação era de 91% dos leitos por voltas das 9h.

A fila de espera por um leito de UTI tinha 56 pacientes, porém, em todo estado, havia apenas 14 leitos disponíveis - ou seja, um déficit de 42 leitos. A maior parte dos pacientes estava concentrada na região metropolitana da capital. Ainda havia 9 que aguardavam transporte para um leito.

O Rio Grande do Norte tem mais de 800 pessoas internadas pela Covid-19 - número que não foi atingido em nenhum momento da primeira onda da doença. Nesta terça-feira (2), o estado registrou mais 28 mortes mais de 700 novos casos da doença.

 

A pressão por leitos aumentou nas últimas semanas, mesmo com a abertura de novos de mais UTIs. No dia 1º de fevereiro, o estado tinha 246 leitos críticos na rede pública. No fim do mês, no último dia 28, eram 288, ou 42 leitos a mais. Ainda assim, a taxa de ocupação era maior. O governo anunciou que vai começar a instalação de novos leitos nesta quarta-feira (3) em Mossoró.

 

Somente entre os dias 12 e 28 de fevereiro, 39 pessoas morreram antes de conseguir um leito de UTI para Covid-19, segundo relatório do Laboratório de Inovação em Saúde (Lais) da UFRN.

 

A situação de pressão do sistema público de saúde levou o governo do estado a determinar toque de recolher, suspensão de aulas em escolas privadas além de missas, cultos e outros eventos religiosos. Serviços da administração pública também tiveram atendimento presencial suspenso.


G1RN

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