Atualmente, mais de 17% do
efetivo da Polícia Militar do Rio Grande do Norte está à disposição de outros
órgãos públicos. Dados extraoficiais, aos quais a TRIBUNA DO NORTE do Norte
teve acesso apontam que dos 10 mil militares, 1.776, entre oficiais e praças,
estão cedidos para diversos órgãos da administração pública, como Ministério
Público, Detran, Assembleia Legislativa, Gabinete Civil do Govenro do Estado,
Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social e Secretaria Estadual de
Justiça e Cidadania (Sejuc) para guarda nos presídios e nos Centros de Detenção
Provisória (CDPs).
Excluindo a Sejuc e Sesed, que
são áreas de segurança, os maiores quantitativos estão disponibilizados para
Gabinete Civil da Governadoria (144); Tribunal de Justiça do Rio Grande do
Norte (145); Fundac (107) e Assembleia Legislativa (51). Ontem, 30 policiais
que estavam à serviço do TJRN foram devolvidos ao Comando Geral da Polícia
Militar.
A iniciativa, de acordo com o
presidente do TJRN, desembargador Aderson Silvino, faz parte de um processo de
substituição gradativa dos 145 policiais militares a serviço do Poder
Judiciário potiguar pelo serviço de segurança privada. O Coronel Francisco
Araújo, comandante geral da PMRN, afirmou que espera que a inciativa do TJRN
sensibilize os gestores do outros órgãos públicos a fazerem o mesmo. "Os
policiais que não estão desempenhando suas atividades fins deveriam ser
devolvidos", disse.
Neste primeiro momento foram
devolvidos oito oficiais e 22 praças. Eles estavam lotados na sede do TJRN e a
serviço do Tribunal do Júri.
"No Tribunal de Júri, por exemplo, nós
tínhamos seis policiais militares à disposição, mas não temos sessões todos os
dias, então não há necessidade de policiais à disposição permanentemente.
Quando houver uma sessão nós vamos solicitar ao comando da PM que disponibilize
os policiais", afirmou o desembargador Aderson Silvino.
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