Em entrevista coletiva, o
delegado Júlio Costa (foto), da Delegacia de Defraudações de Natal, disse que a
quadrilha desbaratada na manhã desta quinta (6), na Operação Clone, da Policia
Civil do Rio Grande do Norte, usava um vírus de computador para roubar os dados
dos cartões de créditos de clientes de estabelecimentos comerciais em Natal,
entre eles o Hiper Bom Preço.
Com este vírus no computador,
uma vez que o cidadão usava o cartão de crédito para pagar uma conta, os dados
eram automaticamente transferidos para o computador do líder da quadrilha na
cidade de Ribeirão Preto, em São Paulo, o estelionatária Samir Gomes Elias, de
42 nos, que praticava os golpes em parceria com Paulo Henrique Amaral, de 22
anos.
Os dois foram presos na manhã
desta quinta-feira na Operação Clone, que mobilizou mais de 150 policiais
civis.
Júlio Costa destacou que a
investigação começou a partir da denúncia feita por uma jornalista de Natal,
depois que esta teve seus dados do cartão de crédito clonados, no mês de março
de 2012. O trabalho ganhou robustez no dia 17 de maio, quando a Policia Civil
conseguiu apreender material usado para fazer clones de cartão de crédito.
O passo seguinte foi
identificar todos os envolvidos no Rio Grande do Norte. Com base nestas provas
e nestas identificações, a juíza da Comarca de São Gonçalo do Amarante, Denise
Leia Sacramento Aquino, decretou 28 prisões temporárias e 32 mandados de busca
e apreensão.
A Polícia Civil conseguiu
prender 20 dos 28 suspeitos que tiveram prisões decretadas. Entre os que
conseguiram fugir está o vereador eleito da cidade de Rio do Fogo, Francisco
Silvanei dos Santos. Este vereador eleito e outros 7 suspeitos estão sendo
procurados pelo delegado Bem-Hur Medeiros, da Delegacia de Capturas do Rio
grande do Norte.
O líder da quadrilha Samir
Gomes e o programador Paulo Henrique, de Ribeirão Preto (SP), em parceria com
comparsas de Natal, contrataram servidores de estabelecimentos comerciais para,
fazendo uso de um Pen Drive, instalar um vírus nos computadores dos caixas.
No caso do Híper Bompreço, o
vírus foi instalado por três funcionárias. Uma delas foi apontada a imprensa
pelo delegado Júlio Costa. Trata-se de Fabiane Lima dos Santos, de 27 anos, que
recebia de R$ 50,00 a R$ 100,00 por cada cartão clonado por instalar o virus.
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