
“Como é que um Estado que atravessa uma crise que não pode nem repassar
o duodécimo aos poderes, que atrasa os custeios da Saúde, que corta a verba
para a Segurança Pública, como é que o Estado, com todas essas dificuldades
financeiras, consegue contrair a autorização de empréstimos de mais de R$ 2
bilhões e agora caminhando para outro empréstimo que tramita na Casa
Legislativa, de R$ 800 milhões, ultrapassando uma cifra de R$ 3 bilhões? Ora,
se o Estado hoje não está podendo arcar com as despesas tradicionais como é que
vai ficar o Estado na hora que tiver que pagar essa montanha, essa quantidade
enorme de empréstimos? Essa indagação requer uma preocupação muito grande para
a população”, afirmou o vice-governador, durante entrevista ao “Jornal da
Cidade”, da FM 94.
O vice-governador disse que a
gestão Rosalba, da qual ele se afastou no final de 2011, “começou errada”, ao
não realizar as reformas necessárias para sanear as contas públicas e
aperfeiçoar a máquina administrativa. “Eu acho que o governo está fora do
trilho”, afirmou.
“A minha opinião é que este
governo peca desde o início pela falta de planejamento. Existem órgãos no
Estado que deveriam exercer o papel de planejador, elaborando projetos,
reunindo pensadores e eu acho também que outras vertentes desastrosas da
atuação desse governo é a falta de diálogo. Se o governo não tem quadros para
preparar projetos, para planejar, para desenvolver parcerias importantes para o
nosso crescimento econômico e social, deveria pelo menos ter a humildade de ter
interlocutores, de dialogar com a sociedade civil”, criticou Robinson Faria.
Segundo o vice-governador, a
gestão estadual perde recursos porque erra bastante e é convencional. “É um
governo da mesmice, um governo ultraconvencional que, pela falta de
planejamento, pela falta de projetos, perde dinheiro, perde repasses federais,
dinheiro é devolvido toda hora, porque o governo não se planejou, ou seja, é
uma sucessão de erros e agora desencadeando numa crise até, eu diria,
institucional com os demais poderes. Isso demonstra que falta visão de gestão
no atual governo”, acrescentou.
POLÍTICA
Sobre a sucessão estadual,
Robinson Faria disse que se estiverem “irmanados”, os partidos da oposição “têm
condição favorável de formar uma aliança muito forte e com certeza vitoriosa em
2014″. “Há três anos eu dialogo com os partidos da oposição, há três anos que
eu defendo a união das oposições e tudo na vida tem o seu tempo. Eu acho que o
candidato a governador tem que entender que isso acontecerá naturalmente e eu
entendo que os partidos de oposição – já disse isso várias vezes -, irmanados,
têm uma condição muito favorável de formar uma aliança muito forte e com
certeza vitoriosa em 2014; isso é o que eu venho defendendo”. Segundo Robinson,
“na hora que tivermos um candidato a governador que saia desse grupo, um
candidato ao Senado que saia desse grupo, teremos um palanque muito forte para
enfrentar o palanque do governo do Estado”.
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