A governadora do Estado,
Rosalba Ciarlini, do DEM, não tem mais o que perder com relação ao prestígio
dela diante da população norte-rio-grandense. Pelo menos, não na visão do
deputado estadual Agnelo Alves, do PDT. Em entrevista ao Jornal Verdade, da
SimTV!, o parlamentar de oposição afirmou que a chefe do Executivo Estadual já
enfraqueceu o que podia e, dessa forma, se renunciasse, é bem provável que
haveria festa nas ruas.
“Se ela renunciasse, eu tenho
certeza, haveria uma festa popular”, afirmou o deputado do PDT, ressaltando que
esse seria um gesto de grandeza da parte da governadora Rosalba Ciarlini. Até
porque, segundo ele, ela jamais esteve à altura do cargo que conquistou nas
urnas.
“Não sei se seria ‘menos pior’
ou ‘pior’. Eu sei que ela cometeria um grande gesto. Na verdade, para mim, ela
não está à altura do cargo para o qual ela foi eleita. É uma pessoa boa, de boa
índole, não tenho a menor duvida que se trata de uma pessoa honrada, mas não
estava preparada para exercer o cargo. Tanto que ela fez a campanha toda de
oposição ao governo e não endireitou nada do que encontrou. Tudo que está aí
vem de outro governo. Ela foi mais uma governadora que deixou de ‘matar o galo
na primeira noite’”, analisou Agnelo Alves.
Questionado se a decisão de
cortes nos repasses institucionais para os demais poderes, medida que está
sendo questionada (e já foi derrotada) na Justiça pelo Ministério Público e
pelo Tribunal de Justiça, contribuiu para um enfraquecimento ainda maior de
Rosalba Ciarlini politicamente, Agnelo afirmou que não. Não há mais o que
enfraquecer.
“Ela já enfraqueceu o que
tinha que enfraquecer. Ela não tem mais autoridade de governo. Ela tem uma
fantasia de governo. Ela representa o que não existe mais. Governo é quando ela
vai visitar município tal e faz uma doação, faz uma colocação, manda uma obra
continuar ou parar. E isso não depende mais dela. Ela é uma governadora,
lamentavelmente, de fachada”, afirmou Agnelo Alves.
Ressalta-se que nesta
quarta-feira, diante dessa situação de crise entre os poderes, o presidente da
Assembleia Legislativa, Ricardo Rosado, já havia demonstrado a postura da
Legislativa de contrariedade ao decreto de Rosalba Ciarlini. “O deputado
Ricardo Motta expressou um pensamento que é um pensamento unanime da
Assembleia. Não pode permitir que um simples decreto anule um dispositivo
constitucional. Isso só pode ser votado na assembleia”, afirmou o parlamentar.
Com relação a condição
financeira do Estado, Agnelo voltou a afirmar o pensamento dos últimos dias, de
que o “modelo de estado” morreu. “Esse modelo de Estado que está aí, não é o
Estado do Rio Grande do Norte, é o modelo de Estado, faliu. Morreu. Está
faltando apenas quem assine o atestado de óbito, que faria uma grande caridade,
se aparecesse alguém com autoridade e assinasse esse atestado de óbito”,
reafirmou.
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