Fonte: Jornal de Hoje
O ministro da Previdência,
Garibaldi Filho (PMDB), confirmou hoje a realização de uma reunião de
integrantes do PMDB este ano para “tomada de posição da legenda” em relação à
aliança com o governo Rosalba Ciarlini (DEM). O encontro, agendado para o final
do ano, também discutirá “a possibilidade de outras alianças” da legenda, com
vistas a 2014.
Em entrevista ao Jornal de
Hoje, Garibaldi explicou que essa “tomada de posição”, marcada para este
segundo semestre, será a escolha entre permanecer aliado do governo Rosalba ou
romper com o grupo político que atualmente administra o Estado.
A possibilidade de rompimento
com o governo não constitui novidade no seio peemedebista, e a reunião estava
inicialmente aprazada para março, mas foi cancelada pelo então recém-eleito presidente
da Câmara, Henrique Alves, que temia o lançamento da sua candidatura ao governo
do Estado.
“Trata-se daquela reunião, que
não foi marcada ainda, para uma tomada de decisão, que será agora no final do
ano. Poderá ser até em outubro, mas não tem data marcada. Eu sei que o deputado
Henrique, que está numa correria maior que a minha, ficou a cargo de tratar
deste assunto”, disse Garibaldi.
O ministro explicou que o
encontro do PMDB discutirá a aliança com o governo, e mais: a possibilidade de
outras alianças. “Seria aliança com o governo, como vamos entrar o ano
eleitoral. Mas a questão mais importante seria essa (aliança com o governo),
entre outras questões, que também serão abordadas”. Segundo ele, “não existe só
a aliança com o governo, existe a possibilidade de outras alianças”, observou.
Na avaliação de Garibaldi, a
discussão em torno da aliança com o governo Rosalba “está debaixo dessas
interrogações todas já há algum tempo, e existe possibilidade de alianças com
outros partidos”, disse, sem detalhar quais seriam essas alianças.
CRISE
Garibaldi esquivou-se de
abordar a crise por que passa o Estado. Ele teme ser mal interpretado, ou
acusado de quere usar politicamente a situação, que inegavelmente existe. “Não
vou dizer novidade nenhuma. Se está aí, não precisa de análise de ninguém. É
coisa já colocada pelos secretários do próprio governo, pela governadora, e o
que tem que se discutir é ver a expectativa de cada um frente à crise”.
Para o ministro, “a crise
realmente não pode deixar de ser reconhecida, porque os números não mentem.
Contra números não há argumentos”. Contudo, ressaltou que “o estado de crise
não deixa muito à vontade para fazer avaliações políticas, porque fica parecendo
que se está querendo explorar a coisa em beneficio de um direcionamento
político”.
O ministro prefere deixar o
tema para a bancada do PMDB na Assembleia discutir, haja vista a maior
proximidade com o problema. O líder da bancada do PMDB na casa é o deputado
estadual Walter Alves. “Remeter a Walter, que é líder da bancada. Nenhuma
instância partidária está mais perto dessa situação do que a bancada na
Assembleia. A bancada tem lidado com isso recentemente, o secretário foi à
Assembleia e à bancada”.
O ministro considerou ainda
uma injustiça afirmar que os aliados do governo não se pronunciaram sobre a
crise estadual. “Porque eu considero que a bancada tem toda a autoridade para
falar pelo partido, este é um pensamento meu. Eu apenas não quero, com minha
palavra, que fui governador, contribuir para agravar com manchete”.
PESQUISA
O presidente do PMDB, Henrique
Alves, confirmou hoje que o partido irá realizar uma pesquisa de opinião para
embasar a posição do PMDB para as eleições do ano que vem. “O PMDB sempre fez
nos finais de ano pré-eleitoral para dar informação e orientação ao partido”.
No entanto, o líder peemedebista não revelou data para a realização. “Sem data
nem conversa preliminar ainda com instituto definido. Mas deverá ser em
outubro”.
Para o ministro Garibaldi,
entretanto, não há dúvida de que uma pesquisa deve ser realizada. No entanto,
ele considera que apenas Henrique poderá falar sobre o tema. “Isso, só mesmo
Henrique. Para ser feita, precisa ser paga, eu não vou me aventurar falar em pesquisa,
porque é coisa cara, mas acho necessário que o partido faça. Uma coisa é
necessidade, outra é autorização. Se perguntar que é necessário, eu acho que é.
Se perguntar quando, vai depender do pagamento e não quero entrar nessa
discussão”.
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