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Foto: José Aldemir |
Com aproximadamente 14 anos de experiência no
sistema prisional do Rio Grande do Norte, Eider Brito agora tem a missão mais
complicada da carreira, que é conseguir resolver os problemas de Alcaçuz, maior
unidade prisional do Estado e que hoje tem cerca de 1000 detentos.
“Sinceramente eu nunca quis trabalhar em Alcaçuz, por uma série de motivos. Mas
eu não fujo de nenhum desafio. Sou servidor do Estado e estou aqui para ajudar.
Vamos tentar fazer um bom trabalho em Alcaçuz, assim como fiz por onde passei”.
Para Eider, diante das dificuldades que o
Governo tem encontrado nesse momento de crise, o ideal é dar um “choque de
gestão” em Alcaçuz. “Todo gestor tem sua maneira de trabalhar. Dinorá fez um
trabalho muito bom em Alcaçuz, mas agora a responsabilidade é minha. Sei do
problema que eu irei encontrar e sei que a missão não vai ser nada fácil. Mas
acredito que tenho condições e experiência suficiente para fazer um bom
trabalho”.
Questionado o que seria esse “choque de
gestão”, Eider explicou que a principal mudança será em relação ao tratamento
dado aos familiares dos detentos. “Eu defendo bastante a humanização dos
presídios do Estado. Se você olhar as rebeliões, em todas elas os detentos
reclamam da maneira como os familiares são tratados em dia de visitas. Não
estou falando que os agentes penitenciários de Alcaçuz não tratam os familiares
dos presos da maneira correta, mas vamos trabalhar para que não haja problema
nesse sentido”.
No início do mês, Eider ficou um dia como
titular da Coordenadoria de Administração Penitenciária (Coape). Um dos motivos
para a “passagem relâmpago” na Coape foi uma recomendação do juiz de Direito da
Vara Criminal da Comarca de Caicó, Luiz Cândido Villaça, para que Brito não
assumisse o cargo. O motivo seria o fato de que Eider, quando exercia o cargo
de vice-diretor do Presídio Estadual do Seridó, foi denunciado pelo Ministério
Público por estelionato.
Eider prefere não comentar o caso por meio da
imprensa, mas disse que “não responde a nenhum processo. Nunca foi condenado em
nenhum processo. É réu primário e que esse processo que o magistrado se refere,
já foi arquivado”. Além disso, o novo diretor de Alcaçuz afirmou ter todas as
minhas certidões criminais em dia, da Justiça Federal, Estadual, Eleitoral e
Militar .
Jornal de Hoje
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