Bancos de Angicos em greve. Foto: Erick Souza |
Em mais uma rodada de negociações com representantes dos bancários, em
São Paulo, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ofereceu reajuste de 7,5%
à categoria, que completa 16 dias de greve nesta quarta. A proposta anterior
era de um aumento de 5,5%, enquanto os bancários reivindicam 16% de reposição,
sendo 5,6% de aumento real. A nova oferta desagradou o Comando Nacional dos
Bancários que orientou a categoria a manter a paralisação.
Segundo os sindicalistas, com a proposta de reajuste de 7,5%, os
bancários terão uma perda salarial de 2%, considerando uma inflação de 9,5%. Já
com a oferta anterior de reajuste, de 5,5%, a perda salarial era de 4%, segundo
os bancários.
— O desrespeito dos bancos continua. Queremos discutir um reajuste digno
do esforço dos bancários e equivalente aos ganhos reais dos bancos — disse
Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e
região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.
Já Roberto Von der Osten, presidente da Confederação Nacional dos
Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) afirmou que a categoria está
disposta a negociar uma nova proposta, mas por enquanto a orientação é de manter
a greve. Na segunda, segundo balanço do Comando de Greve havia 12.496 agências
e 40 centros administrativos paralisados em 26 estados e no Distrito Federal.
Além do reajuste de 16%, os bancários entregaram uma pauta com 11
reivindicações, entre elas um piso salarial de R$ R$ 3.299,66 e um PLR de três
salários base mais parcela adicional fixa de R$ 7.246,82. Já houve seis rodadas
de negociação, mas não se chegou a um acordo. Uma nova rodada de negociação
está marcada para 11h desta quarta.
O Globo
Reverencio o direito de greve, como legítima prerrogativa do trabalhador.Apesar disso, vejo, há décadas, perplexo, a repetição desse rotineiro movimento-crônico estorvo para a nação brasileira - sem entender o seu real e arrastado propósito. O que há na verdade sob esse tapete?.A quem mais aproveita essa lenga-lenga?O nosso Judiciário não seria pusilânime em permitir essa histórica distorção ou descalabro?
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