A região com a maior taxa de
homicídios dolosos por 100 mil habitantes do país é o Nordeste (33,76), seguida
da Região Norte (31,09) e do Centro-Oeste (26,26). As regiões Sudeste e Sul
apresentam taxas menores, 16,91 e 14,36, respectivamente. No Nordeste, o estado
com a maior taxa por grupo de 100 mil habitantes é o Ceará, com 46,9
homicídios, equivalente a 4.144 mortes, seguido de Sergipe (45 assassinatos por
100 mil habitantes).
Os dados, de 2014, estão no
relatório Diagnóstico dos Homicídios no Brasil: Subsídios para o Pacto Nacional
pela Redução de Homicídios, divulgado hoje (15) pela Secretaria Nacional de
Segurança Pública, do Ministério da Justiça.
No estado do Ceará, as maiores
taxas de homicídios dolosos são registradas nas cidades de Fortaleza (72,7),
Maracanaú (73,7) e Caucaia (65,8), na região metropolitana.
Em números absolutos, o estado
que registrou o maior número de assassinatos em 2014 foi a Bahia, com 5.450 (36
por 100 mil habitantes). Em seguida, estão Rio de Janeiro (4.610) e São Paulo
(4.294), com taxas de 28 e 9,8 por grupos de 100 mil habitantes. No ranking
absoluto, o Ceará aparece em quarto lugar. Santa Catarina, com 587 mortes,
registra a menor taxa do país (8,7 homicídios por 100 mil habitantes).
“Para se ter uma noção
comparativa no âmbito internacional sobre essa taxa, países com históricos de
guerra civil, como o Congo (30,8), e com altas taxas de homicídio associadas ao
narcotráfico, como a Colômbia (33,4), possuem taxas menores que as do Nordeste
brasileiro”, informa o relatório.
Metodologia
De acordo com o Ministério da
Justiça, o diagnóstico fez um recorte com 80 municípios, localizados nas 26
unidades da Federação e a região administrativa de Ceilândia, no Distrito
Federal, somando 81 localidades prioritárias de ação, agregando 22.569
registros de homicídios dolosos em 2014, o que representa, aproximadamente, 50%
do total de assassinatos registrados no Brasil.
A intenção do ministério é que
o estudo sirva de ferramenta de gestão para os estados no enfrentamento da
criminalidade, observando as coincidências entre as altas taxas de homicídio e
outros problemas sociais, econômicos e culturais. Os dados são do Sistema
Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp) de 2014.
Agência Brasil
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