
Ele embarcou no aeroporto
Afonso Pena, na região metropolitana de Curitiba, por volta das 10h, rumo ao
Rio de Janeiro.
Vestindo um sobretudo, uma
boina e óculos escuros, ele foi escoltado pela PF até o avião, sem passar pelo
saguão de embarque. Entrou pela porta de trás na aeronave, na companhia de dois
agentes federais.
No Rio, ele usará tornozeleira
eletrônica e viverá num condomínio em Petrópolis, interior do Estado -o único
imóvel que lhe restou.
Em um ano e meio de cárcere,
Cerveró chegou a ser atendido pela emergência durante uma crise de ansiedade, e
recebeu tratamento psiquiátrico. Em algumas fases, o ex-diretor chorava
constantemente.
Seu advogado, Beno Brandão,
diz que o cliente está “verdadeiramente arrependido”. “Até porque toda a
família dele está pagando por isso.”
O ex-diretor teve que se
desfazer de todos os seus imóveis, incluindo o apartamento onde vivia, em
Ipanema. Devolveu R$ 825 mil, mais um milhão de libras e outros US$ 495 mil que
estavam em offshores, além de 10 mil ações da Petrobras.
Agora, só sobrará a Cerveró,
além da casa em Petrópolis, uma pequena chácara na região.
Ele passará um ano e meio em
prisão domiciliar. Depois, mais dois anos em regime semiaberto diferenciado, um
com tornozeleira e outro sem.
Cerveró ainda não tem planos
para a vida pós-cadeia -a não ser continuar colaborando com a Justiça e prestar
serviço comunitário, também parte do acordo.
Folha Press
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