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O deputado federal Jair Bolsonaro - Givaldo Barbosa / O Globo/Arquivo
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Em uma sessão esvaziada, após
meses deliberando sobre o caso de Eduardo Cunha, o Conselho de Ética da Câmara
abriu, nesta terça-feira, processo disciplinar contra o deputado Jair Bolsonaro
(PSC-RJ). Ele é acusado de quebra de decoro parlamentar por ter enaltecido o
torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra, coronel chefe do DOI-CODI de São
Paulo durante a ditadura militar, ao votar a favor do impeachment da presidente
afastada Dilma Rousseff no plenário da Câmara.
Bolsonaro disse que votava
pela memória do coronel, que afirmou ser "o terror de Dilma". A fala
teve enorme repercussão negativa. O deputado chegou a ser denunciado ao
Tribunal Penal Internacional por crimes contra a Humanidade.
A representação contra
Bolsonaro foi protocolada pelo PV no dia 26 de abril, mas só hoje teve
prosseguimento em razão de processo contra Cunha ter travado a pauta da
comissão por tanto tempo Na representação, o Partido Verde diz que Bolsonaro
cometeu um "atentado contra os direitos humanos" e que desrespeitou
quem foi alvo de tortura durante o regime militar.
O presidente do Conselho, José
Carlos Araújo (PR-BA), ainda escolherá o relator do processo entre os três
sorteados hoje: José Geraldo (PT-PA), Wellington Roberto (PR-PB) e Valmir
Prascidelli (PT-SP).
O Globo
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