Depois de reviravoltas,
deputados podem acertar hoje (11) a data definitiva para eleição do sucessor de
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na presidência da Câmara. Negociações travadas por
telefone e em reunião entre alguns parlamentares na tarde de ontem (10)
sinalizam para a votação na próxima quarta-feira (13). A data era defendida,
desde o anúncio da renúncia de Cunha, pelo primeiro secretário da Mesa
Diretora, Beto Mansur (PRB-SP) que argumentava ser o dia tradicionalmente mais
cheio da Casa, garantindo quórum para que o pleito fosse realizado.
Mansur liderou as conversas
deste domingo. Primeiro fez o contato com o presidente interino da Casa, Waldir
Maranhão (PP-MA), que queria a eleição na quinta-feira (14). Com sinais
positivos da parte de Maranhão, Mansur partiu para a conversa com líderes,
entre eles, André Moura (governo), Rogério Rosso (PSD) e Jovair Arantes (PTB).
O deputado Giacobo (PR-PR), segundo vice-presidente da Câmara, também
participou do encontro que acabou convencendo parlamentares que defendiam
eleições na terça-feira (12) a esperar um dia a mais. Neste grupo estão PMDB,
PEN, PTB, PSC, PP, PTN, PR, PRB, PV, PHS, SD, Pros e PSL.
O PMDB, com 66 deputados, tem
dois nomes até o momento disputando o cargo oficialmente: Marcelo Castro (PI) e
Fábio Ramalho (MG). Além destes, há a expectativa do registro de candidatura de
mais alguns correligionários do presidente interino Michel Temer. Nos
bastidores, circulam os nomes dos deputados Baleia Rossi (SP), Osmar Serraglio
(PR), Carlos Marun (MS) e Sérgio Souza (PR) como possíveis candidatos do
partido.
Ao lado de Castro e Ramalho,
oficialmente já registraram candidaturas os deputados Fausto Pinato (PP-SP),
Carlos Gaguim (PTN-TO), Carlos Manato (SD-ES) e Heráclito Fortes (PSB-PI). Já
os deputados Beto Mansur (PRB-SP) e Cristiane Brasil (PTB-RJ), filha do delator
do mensalão Roberto Jefferson, anunciaram a intenção de concorrer, mas ainda
não formalizaram as candidaturas.
Também são aguardadas as
candidaturas dos deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Rogério Rosso (PSD-DF). Há
ainda a possibilidade de uma candidatura do PSol.
Maia tenta costurar o apoio a
sua candidatura fora do chamado centrão, tentando aglutinar o PSDB, PPS e PSB.
Maia tenta ainda o apoio de partidos da oposição, como o PT e o PCdoB. Já
Rosso, apesar de negar que está na disputa, busca se viabilizar como o candidato
de consenso do Planalto.
Agência Brasil
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