
Ezequiel Ferreira, em seu
discurso, enalteceu personalidades que contribuíram para o desenvolvimento do
Estado no ano de 2016. Com o Mérito Legislativo: Cláudio Santos, presidente do
Tribunal de Justiça do RN; Dom Jaime, arcebispo metropolitano de Natal; Geraldo
Melo, ex-governador; Poti Júnior, Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado e
Pastor Martim Alves, pastor presidente da Igreja Evangélica Assembleia de Deus
no RN. Com o Mérito Social “Maria do Céu Fernandes”: Wilma de Faria,
vice-prefeita de Natal. E, com o Mérito Cultural “Câmara Cascudo”: Augusto
Maranhão, empresário e historiador; Diógenes da Cunha Lima, advogado e
escritor; Flávio Freitas, arquiteto e artista plástico; Pedrinho Mendes,
compositor e músico; Ubirajara Galvão (in Memoriam), arquiteto, pintor, ator e
cenógrafo.
Durante sua fala na Tribuna do
Plenário Clóvis Motta, Ezequiel Ferreira citou os homenageados um a um.
Ressaltou o traço qualitativo de suas atividades que ensejaram a investidura do
Mérito outorgada pela Casa Legislativa do Rio Grande do Norte.
No caso do desembargador
Cláudio Santos, atual presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte.
Com mais de 30 anos de atividades profissionais ligadas ao Direito, Cláudio
Santos é o exemplo de que a justiça é o que impulsiona e direciona a renovação
das instituições sociais, mantendo-as vivas e dinâmicas.
Ao peregrino da fé, Dom Jaime
Vieira, nos ensina, diariamente, que a fé em Deus não é um ato de convencional
que se expressa por um momento em casa e nos templos. É um sentimento de
confiança e amor, atuante e permanente, que deve ser praticado, não só nos
templos, como no lar, no ambiente de trabalho, no meio da sociedade.
“Nada mais justo, então, do
que homenagearmos um homem que leva a preciosa semente da palavra de Deus como
missão”, disse Ezequiel Ferreira ao se referir ao Pastor Martins Alves da
Silva, que, desde 1974, integra o Ministério da Igreja Evangélica Assembleia de
Deus no Rio Grande do Norte, exercendo atualmente a presidência.
Ao homenagear Geraldo Melo,
Ezequiel Ferreira disse que ele representa dignamente uma classe que cada vez
mais deve ser enaltecida: a dos homens públicos honestos. Geraldo José da
Câmara Ferreira de Melo acumula muitos anos de serviços prestados ao Rio Grande
do Norte e ao Brasil. Como presidente regional do PMDB Potiguar comandou a
campanha pelas eleições diretas. Foi eleito governador para o período de 1987 a
1991. Nas eleições de 1994, foi o senador mais votado do Estado. No Senado, Geraldo Melo foi o primeiro
vice-líder do PSDB e ocupou a primeira vice-presidência.
Na seara de grandes homens
públicos, o parlamento prestou sua homenagem a Poti Júnior, que – quando
prefeito de São Gonçalo do Amarante – recebeu o título de melhor gestor do
Brasil, escolhido por uma revista de circulação nacional. Em 2006 foi eleito
Deputado Estadual, mandato que desempenhou com correção e por isso foi reeleito
em 2010. Em 2012, Poti Júnior foi o
escolhido pela Assembleia Legislativa para ocupar a vaga do Tribunal de Contas
do Estado.
A medalha do Mérito Social
“Maria do Céu Fernandes” foi criada com o objetivo de agraciar pessoas que
tenham se dedicado à causa social. A
agraciada foi a Wilma Maria de Faria, além de toda a trajetória pioneira na
política, vez que foi eleita a primeira deputada federal do RN, a primeira
prefeita de Natal, e a primeira governadora do Rio Grande do Norte,
notabilizou-se por suas obras estruturantes e de cunho social, implantadas em
todos os municípios do Estado.
Também foi entregue o Mérito
Cultural “Câmara Cascudo”, que se destina ao reconhecimento do trabalho para a
manutenção das tradições potiguares e fomento da cultura.
Foi homenageado, in memorian,
Ubirajara Galvão, o poeta visual do concreto, que se distanciou do poeta
figurativo. Ele representa na estrutura urbana todos esses sentimentos. Mestre
da arquitetura, ele foi o responsável por projetos arquitetônicos que entraram
para a história urbanística de Natal desde os anos 60. É difícil resistir ao
fascínio imediato resultante da apreciação do trabalho de Ubirajara. A obra do
arquiteto currais-novense se confunde com a alma da cidade de Natal e do Rio
Grande do Norte, de maneira raramente observada na história. O arquiteto
concebeu a Escola de Música da UFRN, além de projetos no interior do Rio Grande
do Norte, em outros estados e até mesmo em países da América Latina. Ubirajara
Galvão, falecido em 2005, foi um arquiteto cuja genialidade da obra não deixa
margens para dúvidas em relação à sua contribuição para a arquitetura e o
urbanismo; além de ter sido pintor, ator e cenógrafo.
Foi dia de homenagear, também,
Augusto Maranhão. Historiador, associado-fundador da Fundação Rampa, e Âncora
do Programa “Conversando com Augusto Maranhão”, voltado para a valorização da
cultura e história do povo potiguar. Augusto presta enorme serviço à memória
histórica do Rio Grande do Norte.
Olhar as cores ao redor e
encontrar nelas um mundo de inspiração para transformá-las em arte. É esse o
trabalho do artista plástico Flávio Freitas, um dos mais premiados artistas do
Rio Grande do Norte. Com formação em arquitetura e música, Flávio atua
profissionalmente desde 1998 com ateliê instalado no bairro histórico da
Ribeira.
O imortal poeta Diógenes da
Cunha Lima, advogado, educador e intelectual, sempre atuou na literatura, e em
defesa da cultura potiguar. Autor de vários livros, Diógenes continua em pleno
exercício da advocacia, sem deixar de lado uma de suas grandes paixões – a arte
de escrever, sendo, inclusive, o atual Presidente da Academia
Norte-rio-grandense de Letras. Como disse Gilberto Mendonça Teles, “através de
um desejo de perfeição, Diógenes da Cunha Lima ‘recolhe o mel das palavras’,
adoça o seu imaginário e, com arte, reduz tudo à linguagem, podendo assim mudar
a ‘órbita do planeta’ e abrir para o leitor o espaço encantado de sua poesia”.
Ao se procurar uma música para
definir Natal, certamente ela terá os seguintes versos: “Essa é uma terra de um
deus mar/ De um deus mar que vive para o sol/ E esse sol está muito perto daqui
/ Venha e veja tanto quanto pode se curtir...”. Pedrinho Mendes, cantor e
compositor, é um dos principais destaques da música do Rio Grande do Norte.
Natural de Parnamirim (RN), iniciou a carreira profissional em 1980 e
apresentou suas canções no Brasil e na Itália. Pelo trabalho que desenvolveu ao
longo de 35 anos, conquistou o reconhecimento de estrelas da música popular
brasileira, como Moraes Moreira, Lenine e Gilberto Gil. Este ano também foi
homenageado no festival Música Alimento Da Alma (MADA).
“Uma homenagem é uma expressão
ou ato público como mostra de admiração e respeito por alguém”, disse Ezequiel
Ferreira salientando que no momento atual vivemos um momento inquietante, em
que novos paradigmas de vida se instalam na sociedade, abalando certezas e
exigindo reflexão e posicionamento. “Essa transformação social é encarada com
estranhamento, curiosidade e, também, como desafio. Globalização, novas
estruturas produtivas e revolução tecnológica modificam a forma como nos vemos
e como nos relacionamos com os outros e com a realidade que nos cerca.
Portanto, cabe a cada um de nós um olhar atento a respeito dos principais temas
sociais do presente, refletindo e se posicionando diante dessas questões”,
acrescentou.
Para concluir, Ezequiel
Ferreira ainda destacou: “O homem se converte à sua grandeza quando se
identifica com todos os homens. Os laços humanos são aqueles que aglutinam,
pacificam, transportando sentimentos e ações de uns para os outros. Exorcizam
egoísmos e vaidades. Daí o sentido de humanidade como benevolência, clemência,
compaixão, partilha, solidariedade”.
ALRN
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