A noite desta terça-feira (13)
verá uma competição entre dois fenômenos paralelos: a última superlua e a
última grande chuva de meteoros do ano.
A Lua atingiu o perigeu um dia
antes, chegando a estar a 358,5 mil km da superfície terrestre (a distância
média é 384 mil), e agora chega à sua fase cheia: a tal “superlua”, em que o
disco lunar aparece com diâmetro angular cerca de 15% maior do que quando a Lua
cheia se dá no apogeu de sua órbita. É a terceira e última instância do evento
em 2016.
E seria ótimo, não fosse a
concorrência de um outro evento na mesma noite: o auge da chuva de meteoros dos
Geminídeos. O brilho da “superlua” deve atrapalhar a observação das estrelas
cadentes menos brilhantes.
A partir da 0h do dia 14, a
constelação zodiacal de Gêmeos – localização do radiante, ponto de onde parecem
emanar os meteoros – desponta no horizonte leste, mas terá a forte concorrência
do brilho lunar. Isso naturalmente tornará impossível visualizar os meteoros
menos brilhantes.
A chuva dos Geminídeos
acontece todos os anos quando a Terra cruza a órbita do asteroide Faetonte –
objeto com cerca de 5 km de diâmetro que tem uma órbita bastante excêntrica,
que o leva bem perto do Sol. Suspeita-se inclusive que ele seja não um
asteroide, mas um núcleo extinto de um cometa, que já esgotou seu estoque de
material volátil após múltiplos periélios.
O esfarelamento do Faetonte ao
longo de sua órbita deixa uma trilha de detritos que, ao ser atravessada pela
Terra, queima na atmosfera, produzindo os meteoros.
A taxa horária esperada para o
pico da chuva, na virada do dia 13 para o 14, é de cerca de 120 meteoros, nas
melhores condições de observação. Se você se esforçar e der tempo ao tempo, com
uma hora de observação, mesmo competindo com a “superlua”, você poderá ver
alguns deles.
Salvador Nogueira, Mensageiro Sideral
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