A cidade de João Câmara, no Agreste
potiguar, registrou 17 tremores de terra na madrugada desta segunda-feira
(12). De acordo com o técnico do
Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e
professor do Departamento de Geofísica, Eduardo Menezes, os tremores ocorreram
entre 00h e 6h, o maior atingiu magnitude de 2,1 na escala Richter.
Eduardo Menezes diz que a
magnitude de 2,1 é de pequena intensidade e quase não é sentido por moradores
das regiões afetadas. Na maioria das vezes não provoca desastres, apenas
balanço de telhas, portas e pequenas fissuras dependendo da estrutura de cada
construção. "Como faz tempo que a cidade não sentia um tremor, o fato
chama atenção, A cidade está assustada", comenta Eduardo.
O epicentro do novo tremor
ocorreu na mesma área, que está localizada na parte norte da falha sísmica de
samambaia. O professor ainda lembrou que os tremores de terra são comuns na
região de João Câmara. "É muito comum, mas é imprevisível, não tem como
saber quando será o próximo", explica.
Áreas sísmicas ativas
De acordo com o Laboratório de
Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN), a
borda da Bacia Potiguar (Rio Grande do Norte e leste do Ceará), é uma das áreas
sísmicas mais ativas do Nordeste do Brasil.
Escala Ritcher
Criada em 1935 pelo sismólogo
americano Charles F. Richter, integrante do Instituto de Tecnologia da
Califórnia, a escala Richter foi desenvolvida para medir a magnitude dos
terremotos, que consiste no ato de quantificar a energia liberada no foco do
terremoto. É uma escala que se inicia no grau zero e é infinita (teoricamente),
no entanto, nunca foi registrado um terremoto igual ou superior a 10 graus na
escala Richter. Um dos fatores é que ela se baseia num princípio logarítmico,
ou seja, um terremoto de magnitude 6, por exemplo, produz efeitos dez vezes
maiores que um outro de 5, e assim sucessivamente.
G1RN
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