“Embora o ano tenha começado com a presença do fenômeno La Niña no Oceano Pacífico- condição favorável para a ocorrência de chuvas dentro na normalidade, o aquecimento das águas na bacia tropical Norte e o esfriamento acima do normal na bacia tropical Sul, manteve os ventos alísios de sudeste mais fortes do que o normal, dificultando a atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), principal sistema meteorológico causador de chuvas no Nordeste no período de fevereiro a maio”, analisou o meteorologista, chefe da unidade, Gilmar Bristot.
A região Oeste choveu 19,2% abaixo do esperado, de acordo com Bristot é a única região que apresentou uma certa regularidade na ocorrência de chuvas neste período. “Algumas localidades da região do Alto Oeste como os municípios de Pau dos Ferros, Rafael Fernandes, Itaú e outros apresentaram normalidade no volume de chuvas”, disse.
No período, na região Leste choveu 533,8 mm, enquanto que o esperado era 1074,4mm; na região Central foram observados 402,3mm porém o esperado era de 591 mm e na região Agreste choveu apenas 371,7mm e o esperado era 634,2mm.
Balanço das chuvas de julho
As chuvas no mês de julho de 2021 ficaram 78,3% abaixo do esperado no estado. O volume médio esperado para todo território potiguar era de 78,2mm, porém foram registrados apenas 18,3mm.
“Os maiores volumes de chuvas ocorreram na região leste. De modo geral, observou-se a predominância de chuva acumulada abaixo de 20mm em praticamente todo o interior do Estado”, comentou o chefe da Unidade, Gilmar Bristot.
Em todas as regiões do RN os acumulados registrados ficaram abaixo do esperado. Na região Oeste, a equipe observou volume médio de 8,5mm, enquanto que o esperado era de 27,4mm, na região Central, o volume registrado foi de 4,5mm e o esperado era 26,9mm. Já no Agreste, 6,9mm enquanto que o esperado era de 81,7mm e no Leste o volume médio observado foi de 53,3mm, e o esperado era 176,8mm.
De acordo com Bristot, esse cenário é decorrente da atuação do sistema de brisa, principalmente na região metropolitana da Grande Natal e litoral Sul. “ A predominância de vento soprando da direção sul, frio e seco, dificultou na presença de instabilidades de origem oceânicas, comuns de acontecerem nesta época do ano sobre a região Leste do Nordeste”, disse.
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