A grave crise hídrica neste ano deixou a energia mais cara, devido à cobrança de taxa adicional para fazer frente ao custo das térmicas, mas os reajustes anuais também pesaram. E novos aumentos ainda estão por vir, já que cálculos preliminares agência reguladora apontam que as tarifas podem subir, em média, 16,68% no ano que vem.
Na média, o aumento no Brasil em 2021, analisando as 30 concessionárias de distribuição de energia, que atendem 16 Estados, foi de R$ 7,15%, um pouco abaixo do aumento observado na Cosern (13ª entre as agências com maior reajuste).
Consumidores de alguns municípios de São Paulo, Minas Gerais e Paraná, atendidos pela Energisa Sul Sudeste tiveram o reajuste mais alto até o momento: 11,29%. Já moradores atendidos pela Cemig, em Minas Gerais, e pela Sulgipe, que atende municípios em Sergipe e na Bahia, não tiveram reajustes neste ano ou as contas ficaram ligeiramente mais baratas, respectivamente.
Entre os principais fatores para a alta das tarifas estão os custos com encargos setoriais, despesas com compra e transporte de energia, efeitos do IGP-M, já que diversas distribuidoras têm contratos atrelados ao índice de preços, e o câmbio.
Ainda que acentuados, sobretudo em um momento em que a conta já está pressionada pelos custos das térmicas, os reajustes poderiam ter sido maiores. Para amenizar os efeitos, a Aneel aprovou um pacote de medidas para “segurar” os reajustes – e já estuda fazer o mesmo em 2022.
AgoraRN
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