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quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

Cometa 3I/ATLAS se aproxima da Terra este mês – há algum risco?

Desde que foi descoberto, o cometa 3I/ATLAS está na mira de diversos telescópios espaciais e terrestres. As observações são analisadas por cientistas do mundo todo, empenhados em desvendar os segredos do objeto, que é apenas o terceiro visitante interestelar já detectado no Sistema Solar.  

Após se encontrar com o Sol no fim de outubro, o “forasteiro” começou a trilhar o caminho de volta para casa (seja lá onde for). No trajeto, ele vai alcançar a distância mínima da Terra, enquanto segue viagem para além das fronteiras da nossa vizinhança cósmica. Essa aproximação representaria algum risco para o planeta?

Antes, vamos relembrar a história do visitante:

Quando foi detectado, em julho, o objeto foi temporariamente chamado de A11pl3Z;

Ele foi identificado como um cometa interestelar logo no dia seguinte, recebendo os nomes de C/2025 N1 (ATLAS) e 3I/ATLAS

Em um dos primeiros estudos sobre o cometa, astrônomos estimaram que o objeto pode ter cerca de sete bilhões de anos;

Isso faz dele mais velho que o Sistema Solar;

Não demorou para surgirem especulações sobre possível origem tecnológica alienígena;

Refutada pela maioria dos cientistas, a ideia foi descartada pela NASA;

A teoria se baseia em detalhes como a composição química “bizarra” do corpo celeste, com a presença de níquel atômico, por exemplo;

Missão SPHEREx, lançada pela NASA em março para mapear o céu em infravermelho a fim de investigar a origem do Universo, detectou dióxido de carbono na nuvem de gás que envolve o núcleo do cometa;

Essa nuvem, chamada coma, brilha em verde e tem quase 350 mil km de extensão;

Imagens capturadas por telescópios em solo mostram que o 3I/ATLAS desenvolveu uma cauda voltada para o Sol – chamada de anticauda;

O objeto atingiu o periélio (ponto mais próximo da estrela) em 29 de outubro;

Antes disso, ele passou relativamente próximo a Marte, sendo analisado por espaçonaves que orbitam o planeta;

Missões dedicadas a investigar Júpiter e suas luas, como a Juno e a Europa Clipper, ambas da NASA, e a JUICE, da Agência Espacial Europeia (ESA), também estão sendo aproveitadas para estudar o ilustre visitante;

Após dias desaparecido no brilho solar, o cometa voltou a aparecer no céu da Terra;

Cientistas notaram que ele apresentou uma mudança de cor e uma aceleração diferente;

A alteração de cor foi prontamente desmentida pelos cientistas envolvidos na observação, e o “modo turbo” foi explicado em um estudo recente

Objeto emitiu sinal de rádio captado no momento em que ele ultrapassava a metade de sua rota pelo Sistema Solar;

Recentemente, a NASA divulgou imagens do 3I/ATLAS captadas por 20 espaçonaves ao longo de mais de um mês;

Novas observações apontam que ele pode estar coberto por “vulcões de gelo” em atividade;

O objeto atinge o ponto de aproximação máxima com a Terra dia 19 de dezembro, a caminho de deixar o Sistema Solar.

Há algum tempo, o cometa 3I/ATLAS tem gerado uma onda de especulações e até certa preocupação nas redes sociais. Relatos alarmantes de uma suposta “ameaça iminente”, envolvendo a ativação de protocolos de defesa planetária da NASA e a possibilidade de um impacto catastrófico, têm circulado em larga escala. 

Não é de se espantar tanto interesse por um viajante cósmico de outra vizinhança que está atravessando o nosso céu a uma velocidade impressionante de mais de 210 mil km/h. E se ele chocasse com a Terra? Será que existe esse risco?

A resposta dos especialistas em astronomia e das agências espaciais é unânime: Não. O cometa 3I/ATLAS não representa qualquer perigo para o nosso planeta. Sua trajetória o mantém a uma distância segura, permitindo que ele seja analisado por cientistas como uma janela inédita para outros sistemas estelares.

O cometa 3I/ATLAS se tornou um dos alvos mais importantes para a astronomia recente. Ele é chamado de objeto interestelar por ter origem fora dos limites de influência gravitacional do Sol. 

Sua órbita é hiperbólica, o que atesta que ele está apenas de passagem pelo Sistema Solar e, diferentemente dos cometas nativos, não tem retorno previsto. O 3I/ATLAS é apenas o terceiro corpo celeste com essas características já catalogado (depois do asteroide 1I/’Oumuamua e do cometa 2I/Borisov). 

Análises preliminares de sua composição sugerem que ele pode ter mais de sete bilhões de anos, tornando-o potencialmente mais antigo que o próprio Sistema Solar (com aproximadamente 4,6 bilhões de anos). Isso representa uma chance sem precedentes de perscrutar os processos de formação de planetas e cometas em outras regiões da Via Láctea.

Astrônomos de todo o mundo, incluindo equipes da NASA e da Agência Espacial Europeia (ESA), são categóricos: o 3I/ATLAS não está em rota de colisão com a Terra. A certeza é fundamentada no rastreamento contínuo de sua órbita, cujos dados são irrefutáveis.

Com a passagem pelo periélio concluída, o foco agora se volta para a aproximação máxima do cometa com o nosso planeta, que está prevista para ser alcançada no próximo dia 19.

Na ocasião, ele não chegará a menos de 270 milhões de quilômetros de nós – o que é quase o dobro da distância entre a Terra e o Sol. Após essa passagem, o objeto continuará sua jornada, afastando-se permanentemente do Sistema Solar.

Então, podemos ficar tranquilos. Os cálculos de precisão confirmam que o cometa 3I/ATLAS não representa qualquer risco para a Terra, afastando de forma definitiva qualquer boato que circule nas redes sociais a esse respeito. Esse fascinante objeto é uma oportunidade rara para a ciência estudar materiais de outros cantos da Via Láctea – e não motivo para pânico.

Olhar Digital

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