
Ainda não há data para a
convocação. “Todos esses acontecimentos indicam que é hora da Assembleia
Legislativa e os demais segmentos da sociedade tomarem uma posição no sentido
de salvar o Rio Grande do Norte”, destacou o parlamentar.
Ao justificar a convocação dos
secretários para ir à Assembleia, Kelps Lima teceu uma série de críticas à
gestão do Estado, chegando a classificar o setor de planejamento como “grande
contadoria”, sem fins de planejamento. “Não há sequer um grande projeto de
desenvolvimento gerado pela máquina pública do Estado. E o setor de
planejamento do governo, há algum tempo, virou uma grande contadoria”, afirmou
o parlamentar. Segundo Kelps Lima, “o Estado caminha para a falência” e ele
quer saber quais as soluções, o caminho e os principais obstáculos a serem
enfrentados. “Essas respostas devem ser de todos, de toda a sociedade, com cada
um dando sua sugestão e sua parcela de contribuição e sacrifício”.
Ao sustentar a tese de crise
sem precedentes, Kelps acusa a gestão estadual de ser perdulária. “O governo
não consegue e não pode cobrar o sacrifício necessário de todos os agentes
envolvidos na economia do Estado, porque não dá o exemplo de uma postura
austera, e nem sinal de controle, no uso dos recursos públicos”. Segundo o
parlamentar, “episódios como o do aluguel de um jatinho para uma viagem da
governadora ao Rio de Janeiro, o gasto excessivo com propaganda de obras e os
empréstimos milionários para obras não prioritárias, como a reforma da Avenida
Engenheiro Roberto Freire, minam a credibilidade do governo”.
Ao defender a necessidade de o
governo se pronunciar sobre a crise, Kelps afirma que a gestão perdeu a
“credibilidade”, o que atrapalha o processo de recuperação. “Essa união poderia
ser catalisada pelo próprio governo do Estado, mas, infelizmente, tem lhe
faltado credibilidade, o que mina sua capacidade de diálogo, para tamanho
movimento”. Por isso, ele sustenta que o Estado não sairá da situação sem a
participação da Assembleia, do Tribunal de Contas, da Justiça, do Ministério
Público, dos sindicatos de servidores, das entidades representantes da
indústria e do comércio. “Essas entidades devem se posicionar com o objetivo
único: ajudar a salvar o Rio Grande do Norte da falência, olhando, em primeiro
lugar, para os interesses maiores do Estado, deixando de lado qualquer viés corporativista,
político ou eleitoral”, opinou.
Kelps afirma ainda que que os
serviços básicos são falhos e estão a caminho de um colapso. “Todos os serviços
públicos prestados pelo Estado são de péssima qualidade: saúde, segurança,
educação, transporte… E, o mais grave, estão a caminho do colapso”. Ele também
questiona “a queda do setor turístico no Estado, o aumento da violência, o caos
na saúde, a ameaça iminente de atraso na folha dos servidores, a falta de
projetos, entre tantos problemas” que geram um clima de desconfiança que
termina por abalar gravemente nossa economia, estagnando-a”.
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