O documentário “40 Horas na
Memória: Resgate da Experiência dos Alunos de Paulo Freire em Angicos”,
produzido pela assessoria de Comunicação da Universidade Federal Rural do
Semi-Árido (Ufersa), foi lançado nesta quinta-feira, no Sertão Central, cenário
do método pioneiro do educador.
A platéia lotada foi
abrilhantada com a presença dos 19 ex-alunos freirianos, que prestaram
depoimento relatando a experiência de ser alfabetizado segundo as lições do
mestre Paulo Freire. “Se assistir na parede é mesmo que lembrar de como eram as
nossas aulas, que passava as palavras geradoras na parede pra gente
desenvolver”, diz dona Pequena, entrevistada.

Os relatos foram filmados
durante os meses de fevereiro e março e o documentário é ambientado nas
residências de cada um dos participantes. “O roteiro abrange cinco temáticas: o
cotidiano de Angicos à época; as aulas e o que foi estudado; como era Paulo
Freire; o que mais marcou essa experiência e, por último, qual o legado das 40
horas”, explica a jornalista Renata Jaguaribe, roteirista do documentário.
A obra será a primeira peça
audiovisual do Memorial Paulo Freire, que está sendo construído na sede da
Universidade em Angicos, em comemoração aos 50 anos do projeto 40 Horas. Além
dos dezenove ex-alunos freireanos, o filme conta ainda com participação
especial do poeta cordelista Hailton Mangabeira, na apresentação, e do músico
Carlos Zens, assinando a trilha sonora do documentário. Ambos estiveram na
solenidade apresentando o trabalho que compõe o documentário.
O vice-reitor professor Dr.
Francisco Odolberto de Araújo, representou o reitor José de Arimatea de Matos e
destacou a importância do Projeto de Paulo Freire para a inclusão social a
partir da Educação, ressaltando a importância da Ufersa na interiorização do
Ensino Superior.
A professora Rita de Ana,
coordenadora do projeto de criação do memorial Paulo Freire, exaltou a
importância de reunir os ex-alunos como forma de manter vivo o legado do
educador Paulo Freire. “A obra de Paulo Freire é de importância não apenas para
a Educação, mas é um legado transdisciplinar e o jornalismo é a prova disso com
a grandeza documental desse material”, comentou a coordenadora.
Após a exibição do
documentário alguns dos ex-alunos presentes expressaram a satisfação de se
verem no vídeo. “É um orgulho ver a gente falando sobre um momento tão
importante das nossas vidas que foi ter sido alfabetizado por Paulo Freire”
afirmou Paulo Souza, ex-aluno do projeto Paulo Freire de Alfabetização.
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