Rosalba Ciarlini é a única
governadora do Democratas. Contudo, pode não ser por muito tempo. Em entrevista
ao Valor Econômico, a gestora estadual potiguar confirmou que foi convidada
pelo governador do Ceará, Cid Gomes, para se filiar ao PROS, partido que no Rio
Grande do Norte é presidido pelo vereador de Natal, Rafael Motta, e tem como
principal liderança política o presidente da Assembleia Legislativa, Ricardo
Motta.
“Foi uma ligação rápida, eu
estava em Mossoró. Ele ligou dizendo que estava tomando essa decisão e
perguntou do meu interesse”, afirmou a governadora na entrevista, acrescentando
que respondeu ao presidente nacional do PROS que “se eu tivesse interesse, a gente
conversaria”. Ou seja: não descartou totalmente a mudança partidária.
E não foi por acaso essa
resposta. A saída de Rosalba do DEM é comentada há um bom tempo, sobretudo,
pela aproximação que a governadora tem da presidente da República, Dilma Rousseff,
do PT. Ela não estaria seguindo a recomendação do partido. Tanto que Rosalba se
recusou a participar do programa Democrata que criticava a gestão federal,
devido à proximidade das duas.
O resultado disso, aliado a
desaprovação recorde do governo Rosalba Ciarlini, é que o presidente nacional
do DEM, o senador José Agripino, tem dado declarações colocando a tentativa de
reeleição da governadora como “segundo plano”. O objetivo principal do partido
em 2014 seria disputar bem a eleição proporcional e tentar reeleger deputados
estaduais e o federal, Felipe Maia, filho de Agripino.
Na mesma entrevista ao Valor
Econômico, por sinal, Rosalba comentou a relação José Agripino. A gestora
estadual relembrou que “quando eu construí minha candidatura ao governo, ele
não veio comigo fazer a construção”.
“Eleição você vai ter o
momento da definição. Vou sair daqui, como tudo que fiz na vida, de cabeça
erguida e mãos limpas. Na hora que ele não me quiser, vou tomar meu rumo.
Durante a história da minha presença no Democratas – a não ser que agora seja
diferente -, o partido não me deixou. E sei que o partido cresceu muito em
função da minha presença. Sou a única governadora, fui a primeira senadora do
Rio Grande do Norte”, afirmou a governadora, se valorizando.
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