“O grupo que aí está à frente
do PT tem a hegemonia ao longo desses 12 anos e, infelizmente, o resultado do
PT no Rio Grande do Norte do ponto de vista de crescimento não é aquilo que a
gente deseja”, criticou Fátima, que apoia o candidato de “oposição” Olavo
Ataíde para a presidente do PT no Estado, contra a candidatura do atual
presidente, Eraldo Paiva – nome apoiado por Fernando Mineiro, deputado estadual
que também é considerado uma das lideranças da sigla no território potiguar.
Para fundamentar o que diz, a
petista voltou a 2002, quando o partido elegeu dois deputados estaduais e, pela
primeira vez, um parlamentar federal – a própria Fátima. “O problema é que, de lá
para cá, o PT, infelizmente, parou. E não pode continuar resumido a ter uma
cadeira na Assembleia e uma cadeira na Câmara Federal”, criticou.
“O PT no Rio Grande do Norte
não tem ocupado o lugar que eu acho que pode ocupar no ponto de vista do
protagonismo político”, acrescentou Fátima Bezerra, ressaltando que a sigla
precisa “repensar o lugar dela no movimento sindical e a relação do PT com a
sociedade e os demais partidos”.
A constatação de Fátima
Bezerra, uma petista histórica no RN, acende o alerta da militância sobre essa
realidade. Afinal, o PT era a referência, sobretudo, no movimento sindical
brasileiro. O ex-presidente Lula, inclusive, foi eleito baseado justamente na
popularidade conseguida nesse setor do eleitorado. “O PT tem passado por dificuldade”,
respondeu Fátima quando questionada se a sigla está perdendo espaço, por
exemplo, para os partidos de esquerda atuais, como o PSOL e o PSTU.
Sem apoio
Fátima Bezerra, no entanto,
também responsabilizou a Executiva Nacional pela falta de apoio ao Diretório
local do partido. Citou a falta de apoio à Fernando Mineiro, na disputa pela
Prefeitura de Natal no ano passado, e afirmou que passou pelo mesmo problema
oito anos antes.
“Evidente que faltou um
empenho maior da direção nacional e eu me solidarizo com isso porque eu passei
pela mesma situação em 2004, mas eu não fui dizer para vocês da imprensa. Em
2004, eu fui candidata à prefeita de Natal e a direção do PT me abandonou.
Totalmente”, relembrou.
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