Durante uma coletiva de
imprensa nesta segunda-feira (10), o chefe da agência civil de aviação da
Malásia, Azharuddin Abdul Rahman, também confirmou que os dois homens que
usaram passaportes roubados não tinham aparência asiática. "Está
confirmado que eles não tinham aparência asiática", afirmou.
Segundo o jornal britânico
"The Guardian", quando questionado sobre com quem ele se parecia, ele
citou o nome do jogador de futebol italiano Balotelli. A identidade e a
nacionalidade do homem não foram divulgadas pelo representante.
"Posso confirmar que não
é malaio, mas não posso divulgar ainda a que país pertence", disse o
inspetor geral da polícia malaia, Tan Sri Khalid Abu Bakar, segundo o jornal
local "The Star".
mapa avião desaparecido
malásia - VALE ESTE (Foto: Arte/G1)
Durante a entrevista ao jornal
"The Star", Tan também afirmou que o homem identificado não era da
província chinesa de Xinjiang, região autônoma onde um conflito entre o regime
comunista e minorias muçulmanas como os uigures aumentou nos últimos anos.
Os meios de comunicação
chineses se perguntam se o desaparecimento do avião está vinculado ao atentado
atribuído a grupos separatistas de Xinjiang praticado em 1º de março em uma
estação de trem de Kunming, capital da província de Yunnan, que deixou 29
mortos e 143 feridos.
Os passaportes roubados na
Tailândia em 2013 e 2012 pertencem ao italiano Luigi Maraldi e ao austríaco
Christian Kozel, e nenhum dos dois se encontrava na Malásia no sábado passado.
Agências de inteligência de
vários países participam de uma investigação que procura esclarecer o que
aconteceu com o avião e quem eram os passageiros com passaportes falsos.
A proprietária da agência de
viagens da Tailândia que vendeu as passagens aos dois homens que embarcaram no
voo com passaportes falsos afirmou ao "Financial Times" que os
tickets foram comprados por um homem com conexões de longo tempo com o Irã.
Azharuddin Abdul Rahman, chefe
da agência civil de aviação da Malásia, disse que não se descarta nenhuma
possibilidade, incluída a de um possível sequestro ou ataque terrorista.
"Necessitamos de provas, restos do avião para determinar o que
ocorreu", disse.
Desaparecimento
O voo MH370 decolou de Kuala
Lumpur à 0h41 locais (13h41 de sexta-feira no horário de Brasília) e deveria
chegar a Pequim seis horas depois.
As autoridades de aviação
civil malaias indicaram que sua última posição no radar antes da perda do sinal
foi às 1h30 locais (14h30 de sexta-feira no horário de Brasília).
Ao todo, 239 pessoas estavam
no avião, sendo 229 passageiros, incluídos dois menores, e uma tripulação de 12
malaios.
Um total de 24 aviões e 40
embarcações do Vietnã, China, Cingapura, Estados Unidos, Indonésia, Tailândia,
Austrália, Filipinas e Nova Zelândia participam da busca no golfo da Tailândia,
mas, por enquanto, sem ter encontrado restos do aparelho.
G1
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