Estudo do Departamento
Intersindical de Assessoria Paralamentar (Diap) mostra que 79% dos 513
deputados federais tentarão a reeleição em outubro. Projeção da entidade aponta
que 75% deles devem se reeleger. O levantamento foi feito com base após o
registro das candidaturas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
De acordo com o Diap, o número
de candidatos à reeleição (407) na Câmara ficou um pouco abaixo da média dos
últimos sete pleitos (408), porém maior que na eleição de 2014, quando 387
tentaram renovar seus mandatos.
Dos 106 que não vão se
recandidatar para a Câmara, 31 não vão concorrer a nenhum cargo neste pleito e
75 disputam outros cargos. Destes, 40 concorrem ao Senado; 11 são candidatos a
vice-governador; nove disputam o governo do estado; sete tentam vaga de
deputado estadual; seis são suplentes de candidatos ao Senado; e dois são
candidatos à Presidência da República.
Na avaliação do analista
político Neuriberg Dias, um dos autores do levantamento, a expectativa e o
sentimento da população por renovação na Casa serão “frustrados”neste pleito.
Segundo Neuriberg Dias, o alto
índice dos que vão tentar novo mandato com a continuidade dos grupos políticos (bancada
rural, empresarial, evangélica, da bala e de parentes) que já estão no poder
traz o risco de que a próxima composição da Câmara seja mais conservadora que a
atual. “O perfil do Congresso Nacional será mantido. Esses grupos detêm muitos
seguidores e pode ter até retrocesso”, disse o analista político.
Além de emendas parlamentares,
os que estão se recandidatando têm outras vantagens em relação a um novo
candidato: nome e número conhecidos, bases eleitorais consolidadas, cabos
eleitorais fiéis, acesso mais fácil aos veículos de comunicação, estrutura de
campanha, com gabinete e pessoal à disposição, em Brasília e no estado.
O levantamento também indica
que as mudanças na legislação que reduziram o tempo de campanha de 90 para 45
dias e do período eleitoral gratuito de 45 para 35 dias são outros dos motivos
para a baixa renovação da Câmara.
“As mudanças na legislação
eleitoral com a criação do fundo eleitoral e a janela partidária (período no
qual foi permitida a troca de partido sem perda de mandato) permitiram aos
deputados e senadores negociarem melhores condições na disputa da reeleição,
como prioridade no horário eleitoral e na destinação dos recursos do fundo
eleitoral”, avalia o Diap.
Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Reflita, analise e comente