Pesquisadores da Universidade Federal Rural do
Semi-Árido avançam nas pesquisas com o uso de Sorgo Sacarino para a produção de
etanol e a produção de biomassa visando a geração de energia.
O experimento instalado no município de Upanema
busca fontes mais competitivas e soluções para a redução das emissões de
Dióxido de Carbono.
A produção de energia elétrica em larga escala
a partir da biomassa é um tema estudado com grande interesse em vários países
do mundo. A Ufersa se dedica nas pesquisas a partir de cinco variedades de
sorgo, sendo duas variedades originadas na Embrapa, outras duas no Instituto
Agronômico de Pernambuco – IPA e uma terceira gerada e já lançada também pela
Embrapa.
O professor José Francismar de Medeiros
coordena a pesquisa e explica que ela surgiu da necessidade evidenciada a
partir da crise do combustível e também com as preocupações ambientais. Já a
escolha pelo sorgo para produção de biomassa justifica-se pelo seu alto
potencial energético.
Atualmente, a Cana-de-açúcar é a mais empregada
na produção de etanol. No entanto, os pesquisadores da Ufersa defendem que o
uso do sorgo sacarino é mais vantajoso, pois detém maior rapidez no ciclo de
produção – três a quatro meses –, cultura mecanizável com plantio por sementes
e colheita mecânica; adaptável à variação de ambiente como a deficiência
hídrica, salinidade e baixa fertilidade.
Levando em consideração as condições do
Semiárido, a Cana-de-Açúcar pode chegar à produção de até 100 toneladas por
hectares num ano, mas com um consumo de água muito maior do que do sorgo.
Em contrapartida, como detalha o coordenador,
os colmos de sorgo produzem açúcares diretamente fermentáveis e a produção de
biomassa é de 60 a 80 toneladas por hectares.
“Pode-se utilizar ainda o bagaço como fonte de
biomassa para industrialização, cogeração de eletricidade, etanol de segunda
geração ou forragem para animais, contribuindo para um balanço energético
favorável”, complementa ele.
A equipe que desenvolve o estudo é composta
ainda pelos estudantes de Pós-doutorado Halan Vieira de Queiroz Tomaz (CNPq) e
o doutorando Raniere Barbosa de Lira.
Os três integrantes do Programa de
Pós-graduação da Ufersa pretendem até o final do estudo determinar as
variedades de forrageiro e sorgo mais indicado para a região para produção de
sacarose e biomassa; determinar o arranjo de plantas e lâminas de irrigação
para a máxima produtividade de biomassa; quantificar produção de biomassa;
produzir briquetes e fazer a conversão em energia e quantificar a produção de
caldo e as características tecnológicas.
De Fato
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