Um asteroide com cerca 500 metros de diâmetro
vai passar relativamente perto da Terra, a cerca de 1,2 milhão de quilômetros
(três vezes mais distante do que a Lua), na noite desta segunda-feira, mas será
inofensivo, segundo a Nasa.
Astrônomos profissionais e amadores estão se
preparando para assistir à passagem, que será mais visível entre 23h desta
segunda e 4h da madrugada de terça (horário de Brasília) nas Américas, Europa e
África. Será preciso ter um pequeno telescópio ou binóculo para ver o
asteroide, conhecido como 2004 BL86.
"Embora não represente uma ameaça à Terra
num futuro próximo, é uma abordagem relativamente perto de um asteroide relativamente
grande, o que nos proporciona uma oportunidade única para observar e aprender
mais", disse em comunicado o astrônomo Don Yeomans, do Laboratório de
Propulsão a Jato da Nasa, em Pasadena.
O asteroide, que orbita o Sol a cada 1,84 ano,
foi descoberto há 11 anos pelo telescópio Linear (Lincoln Near-Earth Asteroid
Research), localizado no Estado do Novo México. Os cientistas planejam mapear a
superfície dele com radar durante o sobrevoo, na esperança de aprender mais
sobre o seu tamanho, a forma, a taxa de rotação e outras características.
"No momento, não sabemos quase nada sobre
esse asteroide, portanto, é provável que haja surpresas”, declarou ao
SpaceWeather.com o astrônomo Lance Benner, do Laboratório de Propulsão a Jato,
da Nasa, em Pasadena, na Califórnia.
De acordo com a Nasa, o 2004 BL86 será o maior
asteroide a passar tão perto da Terra até a chegada do 1999 AN10 em 2027.
A Nasa atualmente rastreia mais de 11.000
asteroides em órbitas que passam relativamente perto da Terra. A agência espacial
norte-americana diz ter localizado mais de 95% dos maiores asteroides, aqueles
com diâmetro de 900 metros ou mais, com órbitas que os levam relativamente
perto da Terra.
Um objeto desse tamanho atingiu o planeta há
cerca de 65 milhões de anos no que hoje é a península de Yucatán, no México,
provocando uma mudança climática global que se acredita tenha sido responsável
pela extinção dos dinossauros e muitas outras formas de vida na Terra.
Dois anos atrás, um asteroide relativamente
pequeno explodiu na atmosfera sobre a cidade de Chelyabinsk, na Rússia,
deixando mais de 1.500 pessoas feridas por estilhaços de vidro e destroços
voando. Nesse mesmo dia, um outro asteroide não relacionado com ele passou a
apenas 28.000 quilômetros da Terra, mais perto do que as redes de satélites de
comunicação que cercam o planeta.
Terra
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