TRE APROVA REGISTRO DO PSD NO RN

O diretório estadual Partido Social Democrático (PSD) está oficialmente registrado junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio Grande do Norte. A Corte aprovou, ontem, o pedido de registro por unanimidade. Foram validadas 20.581 assinaturas para a fundação do diretório estadual. A vitória do PSD estadual veio depois de uma constante batalha com o Democratas, presidido nacionalmente e no estado pelo senador José Agripino Maia (DEM).

O DEM chegou a pedir impugnação do PSD potiguar. O partido denunciou o uso de supostas atas "clonadas" para a fundação da sigla em diversos municípios e estados brasileiros. O partido também argumentou que o estatuto peessedista impediria a formação dos diretórios municipais e estaduais da sigla pelo fato de só permitir que filiados formem os mesmos. A legenda ainda questionou a veracidade das assinaturas.

Na visão de Agripino, o estatuto do PSD impede a sua fundação. "No próprio estatuto do PSD diz que os diretórios municipais devem ser formados por filiados. Em seguida, elegendo o diretório estadual. No entanto, como não há filiados à sigla não tem como ter diretórios municipais. Isso está no estatuto deles. O PSol, por exemplo, quando foi fundado criou uma comissão de transição", ponderou.

A Justiça teve outra interpretação e validou o pedido de registro. O vice-governador Robinson Faria, articulador da formação do PSD no estado, se disse decepcionado com a atitude de Agripino. As ações do DEM contra o novo partido azedaram de vez a relação entre os dois. Apesar de o impasse parecer resolvido com a decisão do Tribunal, a nova sigla ainda terá que se defender de várias ações impetradas pelo Democratas.

Agripino repudia

A declaração do presidente do Democratas, senador José Agripino, em relação à reportagem do Jornal Nacional exibida ontem à noite,  revelando fraudes no processo de coleta de assinaturas para filiados ao PSD, foi a seguinte:

- “Notícia de fatos graves e recentes registrando a reincidência de práticas deploráveis e criminosas no registro de partido político que precisa ser incorporada aos autos do referido processo, submetido à apreciação do TSE”.

A matéria do JN mostrou que assinaturas fraudadas não foram detectadas pelos cartórios eleitorais e foram artificialmente encaminhadas ao TSE, em Brasília.