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quinta-feira, 21 de março de 2013

FERNANDO PEDROZA: PREFEITO ELABORA RELATÓRIO DA SITUAÇÃO DE SECA DO MUNICÍPIO



O prefeito de Fernando Pedroza, José Renato da Silva [PV] está elaborando um relatório da situação atual de seca que assola o município de Fernando Pedroza.
Renato pretende entregar o Relatório de calamidade da seca em FP direto as mãos da governadora Rosalba Ciarline.
No documento MOSTRADO abaixo, o prefeito relata a situação geral da região e enfoca especificamente a comunidade.

É SÓ CLICAR ABAIXO PARA LER DOCUMENTO NA ÍNTEGRA.


ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO
DOS IMPACTOS DA SECA 2012/2013 NO MUNICÍPIO FERNANDO PEDROZA - RN

  
Prefeitura Municipal de Fernando Pedroza/RN
14/03/2013
Relatório da Visita a Associação Rural Velho Tomas Zona rural do Município de Fernando Pedroza RN

Nota Introdutória

O presente relatório, apresenta as condições e efeitos da seca, que atinge a nossa região, mais precisamente a Associação Rural Velho Tomaz localizado na zona rural do município de Fernando Pedroza - RN, onde estão assentadas 10 (dez) famílias. Esta é a real situação de apenas uma das 10 (dez) associações rurais  existentes em nosso município. Os impactos da seca na agricultura e na pecuária tem provocado grandes transtornos  à sobrevivência do homem no campo, sobrevivência que tem sido ameaçada até no  abastecimentos alternativo de água para consumo, pois os 20 (vinte) litros/dia d’água fornecido pela operação carro pipa do governo federal são insuficientes para qualquer ser humano beber, cozinhar e tomar banho.


Súmula do Relatório

Durante nossa visita constatamos que na comunidade existem dois poços artesianos perfurados, com vazão de 1.200 litros/hora, cada um, que necessitam de instalação e recuperação de cata-vento conforme fotos ilustradas abaixo:

Fotos ilustrativas:


POÇO NA COMUNIDADE VELHO TOMAZ, SEM USO, PRECISANDO DE INSTALAÇÃO.

POÇO NA COMUNIDADE VELHO TOMAZ, SEM USO, PRECISANDO DE RECUPERAÇÃO DO CATA-VENTO.

No decorrer de nossa visita verificamos ainda que na referida comunidade existem um cacimbão seco, uma barragem seca e aterrada e que a única fonte de agua é uma cacimba onde é utilizada uma bomba manual de efeito positivo com uma vazão máxima de 100 (cem) litros/hora, dependendo da condição física da máquina humana que a está operando, é esta fonte que fornece uma água de elevada dureza e salinidade, ou seja, salobra, as famílias assentadas naquela localidade transportam esta água em carros de mãos e carroças para tomarem banho, lavarem roupas e matar a sede de seu rebanho, conforme constatamos in loco com as fotos ilustradas abaixo:

CACIMBÃO NA COMUNIDADE VELHO TOMAZ SECO

CARROÇA QUE ABASTECE A COMUNIDADE VELHO TOMAZ

 SENHOR OSVALDO BEZERRA (SEU DIDI) DE 75 ANOS DE IDADE CARREGANDO ÁGUA EM UM CARRO DE MÃO PARA MATAR A SEDE DE SEU REBANHO DE 18 BOVINOS, TOMAR BANHO e LAVAR ROUPA.


SITUAÇÃO DOS CACTOS (CHIQUE – CHIQUE) DA LOCALIDADE



CACIMBA QUE ABASTECE A COMUNIDADE VELHO TOMAZ

BARRAGEM SECA E ATERRADA NA COMUNIDADE VELHO TOMAZ
  
BEBEDOURO DOS ANIMAIS DA COMUNIDADE

Seca, fome e miséria: uma devastação social.

A seca, além de ser um problema climático, é uma situação que gera dificuldades sociais para as pessoas que habitam a região central. Com a falta de água, torna-se difícil o desenvolvimento da agricultura e a criação de animais. Desta forma, a seca provoca a falta de recursos econômicos, gerando fome e miséria na região central do sertão do cabugi. Vejam a realidade e a situação de devastação do nosso rebanho nas fotos ilustradas abaixo:


  
Ações para diminuir o impacto da seca

- Construção, recuperação e escavação de açudes e barragens;
- Investimentos em infra-estrutura na região;
- Aumento da cota de distribuição de água através de carros-pipa de 20 (vinte) litros/dia para 50 (cinquenta) litros/dia ministério da integração e governo estadual;
- Instalação dos poços perfurados e perfuração de novos poços, onde necessário;
- Instalação de dessalinizadores nos poços com água de dureza e salinidade elevada;
- Construção de barragens submersas;
- Aumento da cota de ração  para os pequenos e médios agricultores;
- Aumento da cota de milho, junto a CONAB, para o nosso município;
- Mini adutora da estação elevatória do Cabugi, beneficiando aproximadamente 300 famílias;
- Implantação de um sistema de desenvolvimento sustentável na região, para que as pessoas não necessitem sempre de ações assistencialistas do governo;
- Incentivo financeiro ao pequeno produtor rural para reposição do rebanho;
- Incentivo público à agricultura adaptada ao clima e ao solo da região, com sistemas de irrigação.


Conclusão
Alertamos as autoridades constituídas deste estado, deste pais para o fato em questão. Esta é apenas a realidade de uma comunidade composta por 10 (dez) famílias, assentadas em uma área de 500 há de terra onde não existe, sequer, um hectare de várzea, vale salientar que esta não é a pior situação, dentre as 77 (setenta e sete) famílias,  que foram assentadas na zona rural de nosso município, pelo crédito fundiário, e encontram-se abandonadas ao acaso da sobrevivência, sem apoio, sem assistência técnica, sem tecnologia, sem incentivo e ainda assim tendo que tirar desta terra o seu sustento e o pagamento da anuidade de suas terras, junto ao crédito fundiário, que é, em média, de R$ 4.300,00 (quatro mil e trezentos) reais ano. Como estas famílias conseguirão superar todas essas adversidades diante do estado calamitoso que se encontra nossa região? Como? E ainda por cima, ter que alimentar seu rebanho, tendo que comprar um saco de soja com 50 (cinquenta) kg por R$ 95,00 (noventa e cinco) reais, um saco de torta de algodão com 50 (cinquenta) kg por R$ 62,00 (sessenta e dois) reais, um saco de milho com 50 (cinquenta) kg por R$ 60,00 (sessenta) reais. Como?
Diante desta real e devastadora situação de calamidade, que se encontram os municípios que estão encravados na região central do sertão central do cabugi, pedimos socorro ao Governo do Estado, ao Governo Federal, pois nós municípios já estamos atravessando uma crise financeira imensurável e se não tivermos apoio e ajuda diante desta situação de desespero que atravessamos, não saberemos o que fazer, e se assim continuarmos estamos fadados a ver nossa região desertificada, devastada e abandonada pelo sofrido e guerreiro homem do campo.


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José Renato da Silva
Prefeito Municipal de Fernando Pedroza- RN


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