O presidente estadual do PSD,
vice-governador Robinson Faria, disse ontem que a sensação é de que o governo
Rosalba Ciarlini (DEM) ainda não começou, afirmou numa crítica ao apagão
administrativo em setores básicos da administração, como saúde, segurança
pública e os programas sociais. Ele disse que o sentimento é de “decepção,
frustração e desencanto”. As críticas do pessedista foram pronunciadas na manhã
desta segunda-feira, quando ele foi abordado sobre o rompimento do PV com o
governo Rosalba Ciarlini.
Em entrevista ao Jornal de
Hoje, publicada no último sábado, o presidente estadual do PV, senador Paulo
Davim, explicou os motivos do rompimento com o governo e criticou a
administração Rosalba Ciarlini. Segundo Davim, o PV não vinha sendo tratado
como aliado do governo e, além disso, o partido decidiu discordar publicamente
do conteúdo programático da gestão, afirmando que Rosalba está falhando nos
setores essenciais da saúde, segurança e desenvolvimento econômico.
Politicamente, Davim disse que o PV poderá apoiar qualquer nome para o governo,
à exceção da governadora Rosalba Ciarlini.
Para Robinson, a saída do
líder do PV da base aliada da governadora Rosalba representa “mais uma perda
que o governo teve de um aliado forte”. Segundo ele, o afastamento do PV é uma
“baixa” porque o partido tem um senador da República que é médico e líder do
segmento. “O pensamento de Paulo Davim é o da população do Rio Grande do Norte.
Ele está traduzindo o sentimento da população, de desencanto e de repulsa a
esse modelo de gestão”, afirmou o vice-governador.
“O governo Rosalba não tem
gestão. A sensação para a população é que o governo não iniciou”, completou o
vice. “Um governo onde os setores básicos não funcionam, a saúde e a segurança
são falhas. E onde os programas sociais, que já existiam, foram desmontados,
como as Centrais do Cidadão e o ‘Programa do Leite’”.
Para Robinson, o líder do PV
“decepcionou-se com a gestão Rosalba, cansou-se de oferecer sugestões,
desencantou-se, achou melhor ficar fora, do que compartilhar essa gestão”.
“Talvez Paulo Davim tenha cansado da forma como o governo trata a própria
categoria dos médicos, com os quais o governo nunca quis dialogar. Veja essa
greve de quase onze meses, que só acabou por causa de uma medida judicial”,
disse o vice-governador.
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