"Sexta-feira houve uma
frustração muito grande quando os salários não bateram. O prazo foi
estabelecido pelo Vasco, e não por mim. Tem momentos na vida que só se resolve
com choque. O Vasco vive uma situação muito grave, que tem de ser confrontada.
Gostaria de dizer que estou esperançoso como no início, mas não estou",
afirmou.
O treinador garantiu não ter
reunião alguma agendada com a diretoria do Vasco, mas se colocou à disposição
para conversar em "qualquer momento". O diretor geral Cristiano
Koehler e o diretor de futebol Ricardo Gomes indicaram que um encontro ocorrerá
na noite desta segunda. Será a última tentativa de garantir a permanência de
Autuori em São Januário. Às 18h da última sexta-feira, dia 5 de julho, prazo
final para o pagamento dos salários, o comandante informou internamente que
deixaria o Vasco após a partida contra o Internacional.
Além disso, o clube carioca
tem outro problema para manter o treinador: a investida do São Paulo. Campeão
da Libertadores e do Mundial de Clubes em 2005 pelo Tricolor, Paulo Autuori é
visto como nome ideal para substituir Ney Franco, demitido na última semana. O
técnico revelou já ter negado vários convites para voltar ao Morumbi quando
estava no exterior. Agora, ele se coloca à disposição para conversar assim que
estiver "livre" do seu vínculo com o Vasco.
"Já disse que nos últimos
anos o São Paulo me procurou diversas vezes. Hoje eu estaria feliz da vida se
eu pudesse dizer não ao São Paulo de novo, porque estaria confortável no clube
em que estou. Mas não estou confortável. Uma vez resolvida a situação com o
Vasco, estou aberto a qualquer possibilidade", afirmou, reforçando ainda
mais o tom de despedida.
A diretoria do Vasco ainda
tenta dar sua cartada e manter o mistério. Mas, ao que tudo indica, a passagem
de Paulo Autuori por Sâo Januário será mesmo breve.
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