O “esqueleto do armário” de dona Wilma de Faria pode estar pronto pra
assombrar a ex-governadora.
Depois de vários adiamentos, o processo que vai julgar o possível superfaturamento
da casa dos 20 milhões de reais da Ponte Newton Navarro está perto de
acontecer.

Essa é a terceira “previsão”
de julgamento do processo da Newton Navarro. No final do ano passado, quando o
processo finalmente voltou ao gabinete do conselheiro Renato Dias, após quase
quatro anos no corpo instrutivo do TCE, a previsão era que ele fosse julgado
até o meio deste ano. Porém, o processo precisava ainda de análise do
Ministério Público de Contas e foi para lá que ele foi. Retornou apenas em
abril, com um parecer “divergente” daquele apresentado pelo corpo instrutivo.
Nos pareceres apresentados até o momento, o
corpo instrutivo do TCE apontou que houve um superfaturamento de,
aproximadamente, R$ 20 milhões na construção da Newton Navarro.
No parecer, que excluiu Wilma
de Faria (assim como naquele feito pelo corpo instrutivo) da lista de “réus”,
foi pedida a condenação de membros do primeiro escalão da gestão da
ex-governadora, entre eles, o atual deputado estadual, Gustavo Carvalho, do
PSB, e o ex-secretário de Infra-Estrutura, Adalberto Pessoa, Carlos Cabral
Freitas de Macedo e Ulisses Bezerra Filho.
Dessa forma, segundo Renato
Dias, seria preciso uma análise mais detalhada do processo. Uma dedicação quase
exclusiva, que ele não pode dar por ter recebido, na mesma época que o processo
voltou para o gabinete dele, a ação de análise das contas de 2012 do Governo do
Estado, já na gestão Rosalba Ciarlini. “Estava previsto, mas como as contas de
Rosalba, que fui o relator, não pude me dedicar totalmente ao processo da
ponte, que é muito complexo e precisa dessa dedicação. Agora, como conseguimos
terminar a análise do processo do Governo, poderemos nos dedicar mais ao da
Ponte e levá-lo a julgamento no TCE até o final de agosto”, justificou Renato
Dias.
NEWTON NAVARRO
Inaugurada no dia 21 de
novembro de 2007, após três anos de construção, e considerada a maior obra do
governo Wilma de Faria, a Ponte de Todos custou aos cofres públicos R$ 194
milhões, apesar de estar inicialmente orçada em R$ 170 milhões. Só para a festa
de inauguração foram gastos R$ 1,15 milhão. Vale ressaltar, porém, que apesar
de inaugurado, o projeto da Ponte de Todos jamais foi concluído. A instalação
do sistema de proteção (defensas) nos dois pilares do vão central da ponte, por
exemplo, e a desapropriação dos terrenos próximos à ponte, para a construção de
um viaduto do lado da Redinha, também não saiu do papel.
Isso tem haver com o próximo pleito eleitoral, só isso e nada mais.
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