O Governo do Estado e o
Sindicato dos Servidores Estaduais da Saúde não se entendem em relação ao fim
da paralisação, que começou desde o dia 1º de agosto e tem causado transtorno à
população.
O secretário estadual de Saúde Pública, Luiz Roberto Fonseca,
garantiu que, caso a greve dos servidores da Saúde seja suspensa imediatamente,
o Governo do Estado poderá atender pelo menos quatro dos cinco pontos
apresentados pelo Sindsaúde. Por outro lado, a categoria rebate as declarações
do secretário e disse que não houve nenhuma garantia do cumprimento dos pontos
de reivindicações e que a greve continua por tempo indeterminado. A
coordenadora geral do Sindicato, Simone Dutra, disse que a greve não terá fim
baseado em promessas.
Na manhã de ontem, servidores
em greve realizaram mais um protesto em frente à Sesap contra as declarações do
secretário Luiz Roberto Fonseca. “O secretário falou uma inverdade para a
opinião pública dizendo que atendeu quatro dos cinco pontos de reivindicações.
Não é verdade. Ele apenas sinalizou com promessas, não sinalizou com prazos”,
afirmou. Simone explica que o primeiro ponto de reivindicação é a implantação
da tabela salarial, elaborada pelo Dieese, que tem por base a Lei 333/2006.
“Essa tabela eles não querem nem discutir conosco. Outro ponto é o pagamento
dos aposentados. 22% das gratificações que não foram pagas e o Governo não
apresenta uma data para pagamentos desses aposentados”, destacou.
Em relação aos concursados,
Simone Dutra ressalta a necessidade de convocação urgente desses profissionais,
haja vista o alto déficit de servidores nos hospitais do Estado e o fato de a
validade do concurso vencer no próximo ano.
“A necessidade não é apenas para o Hospital da Mulher e o Hospital da
Polícia Militar. Temos um déficit de 1.850 trabalhadores na saúde. O secretário
precisa apresentar um calendário de convocação de todos esses profissionais até
o próximo ano. Quero saber quantos profissionais serão chamados para o Walfredo
Gurgel, Santa Catarina, Deoclécio Marques, Giselda Trigueiro, pois todos estão
trabalhando no limite”, destacou. A sindicalista reclama que a comissão formada
desde a reunião realizada no dia oito ainda não foi publicada.
“Foi só promessa. Os
trabalhadores estão muito cansados e não tem confiança nesse governo. Como é
que eles vão voltar ao trabalho em cima de promessas, se esse governo não
cumpre com nada? Não dá condições de trabalho, pois hoje no Walfredo está
faltando material para intubação de pacientes. Não têm álcool, nem fita HGT,
materiais essenciais. Não dão condições de trabalho e não pagam o nosso salário
decentemente. Como voltar nessa situação? Os trabalhadores não aguentam mais.
Querem uma resposta e não vão voltar sem essas questões discutidas e atendidas.
A posição do governo é cômoda, de quem está com o dinheiro e a repressão na
mão, para derrotar os trabalhos”, destacou a coordenadora geral do Sindicato.

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