
“Minha luta é para que haja
convergência. Pode ter candidato do PMDB e pode não ter. O PMDB deixou claro
que poderá ter candidato a governador. Lá na frente, pode ser que o PMDB confie
numa parceria, de um colegiado unido a Dilma e do qual o PMDB faz parte, e
surja uma chapa dessa união”, observou.
A avaliação de Robinson é de
que, em outras eleições, o PMDB já apoiou candidatos de outros partidos a
governador, como em 2010, quando uma ala da sigla ficou com Rosalba Ciarlini e
a outra com Iberê Ferreira de Souza. “E isso pode acontecer, como também não
necessariamente. O importante é dialogar e acho que a conversa não inibe a mim,
que sou candidato a governador, de conversar com o PMDB. Isso não quer dizer
que estou abrindo mão ou estou em dúvida em relação ao meu projeto. Minha
convicção de ser candidato está tomada e já faz parte da minha caminhada”.
Em entrevista ao Jornal de
Hoje, o presidente do PSD abordou pela primeira vez o rompimento do PMDB com o
governo Rosalba Ciarlini (DEM). Para o vice, que se afastou politicamente da
gestão ainda no primeiro ano do atual mandato, a oposição deve abrir diálogo
com o PMDB, individual e coletivamente, com vistas à formação de uma aliança
política para disputar o governo e o Senado em 2014.
“Acho que o PMDB ouviu,
respeitou e acatou a voz das ruas, obedecendo à sinalização de desencanto com o
governo. As coisas não acontecem por acaso. O PMDB respeitou a sintonia, numa
atitude louvável do partido, e, ao mesmo tempo, decepcionou-se com a
desorganização, com a má gestão. O partido, mesmo querendo colaborar com o
governo, percebia que a administração não queria e estava desorganizada, e se
desencantou”, avaliou o líder oposicionista.
CONVITE
Robinson disse que não convida
o PMDB para integrar a oposição, uma vez que o PSD faz parte de um colegiado
muito forte no Estado, integrado pelos partidos que estão na oposição – além do
PSD, o PDT do prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, o PT da deputada federal
Fátima Bezerra e o PSB da ex-governadora Wilma de Faria. No entanto, defende
que o diálogo desses partidos com o PMDB seja aberto, individual e
coletivamente.
“Eu não posso falar pelo PMDB
e convidar o PMDB para nada porque temos um colegiado muito forte no Estado que
hoje forma a oposição. Mas, acho que a oposição e os demais partidos, o meu, o
de Wilma e os demais, têm que, a partir de agora, dialogar com o PMDB e tratar
o PMDB como um partido que está na oposição”, avaliou.
“Não estou fazendo convite
porque isso é uma decisão interna corporis, deste colegiado, mas, pelo tamanho
e pela importância do PMDB, que tem mais prefeitos no Estado, o ministro
Garibaldi, o presidente da Câmara e vários deputados estaduais, acho que a oposição,
coletivamente ou individualmente, tem que abrir o diálogo com o PMDB”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Reflita, analise e comente