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terça-feira, 12 de novembro de 2013

CIDADE DE SANTO ANDRÉ/SP CELEBRA 40 HORAS DE ANGICOS


Uma manhã de sábado exclusiva para se debater às 40 Horas de Angicos. Assim foi o Seminário 50 Anos da Experiência de Angicos: a contribuição de Paulo Freire na Educação Brasileira, promovido pela Prefeitura de Santo André, região do ABC paulista. Na ocasião, foi exibido o documentário produzido pela equipe de comunicação da Ufersa “40 Horas na Memória: resgate da experiência pioneira de Paulo Freire, em Angicos/RN”.

Para uma plateia formada por mais de 300 professores, a maioria com atuação na alfabetização de adultos, o diretor e roteirista do documentário, o jornalista da Ufersa Passos Júnior, falou sobre a produção do filme que tem como protagonistas 19 alunos Freireanos, moradores de Angicos. “A partir da memória, o filme traz a proposta de resgatar às 40 Horas de Angicos com depoimentos de quem vivenciou a experiência pioneira na área da educação há exatamente 50 anos”, disse o jornalista.

Ao agradecer o convite da Secretaria de Educação da Prefeitura de Santo André, Passos Júnior, revelou que a cidade de Angicos vivencia outro momento importante na área da educação com a instalação da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, bem como com a construção do Memorial Paulo Freire, nas dependências do Câmpus. “Tem sido gratificante receber o reconhecimento desse trabalho que, inicialmente, feito sem grandes pretensões, mas devido à importância desse recorte histórico na obra de Paulo Freire tem superado todas as nossas expectativas”, revelou.


Após a exibição do documentário, compartilhado a mesa de debates, o advogado, Marcos Guerra, que coordenou o Círculo da Cultura dentro do Projeto pioneiro do pedagogo e, a viúva de Paulo Freire, Ana Maria Araújo Freire. “A questão do analfabetismo preocupava muito Paulo Freire quando o analfabeto é tratado como coisa”, revelou. Para professora Nita Freire, “saber ler é um direito do homem, mais que cidadania... ler e escrever faz parte da condição humana”, expressou.

 A professora elogiou a iniciativa da produção do documentário que vem resgatar, por meio das 40 Horas de Angicos, a importância da educação. “Ao ler a palavra, desvendamos o mundo, tornamo-nos críticos, analistas e denunciantes da sociedade injusta”, frisou.

Segundo o professor Marcos Guerra, com esse projeto Paulo Freire mostrou ao Brasil a real possibilidade de garantir um direito constitucional, e universalizar o acesso à educação. “Saber ler e escrever deixou de parecer impossível, inaccessível, caro, demorado, direito que poderia ser reservado a poucos privilegiados. Surge como uma porta de entrada à educação, direito reconhecido a todos e a cada um. Vital para o pleno exercício da cidadania, e um dos instrumentos para valorizar a dignidade de cada brasileiro”, pontuou.

Ao explanar para os professores a metodologia aplicada nas 40 Horas de Angicos, Marcos Guerra disse ainda que para mudar por meio da educação é necessário que o povo acredite na transformação. “Na época, o país vivenciava momentos de efervescência que possibilitou a transformação”, explicou. Outro ponto diferencial foi realizar a alfabetização a partir da realidade local, associando palavras e imagens. “Esse documentário produzido pela Ufersa é de grande importância para o resgate dessa experiência. Fico sempre emocionado ao assistir esse filme”, revelou.


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