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Operação Hecatombe foi
deflagrada em 2013 (Foto: Divulgação/Polícia Federal do RN)
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Quatro homens, sendo dois
deles policiais militares, começam a ser julgados nesta quinta-feira (28) em
júri popular a ser realizado no Fórum Desembargador Miguel Seabra Fagundes, em
Natal. Presos em 2013 durante a operação Hecatombe, investigação realizada pela
Polícia Federal, os quatro fazem parte de um grupo de 18 pessoas acusadas de
participação em 22 assassinatos e outras cinco tentativas de homicídio
ocorridos no Rio Grande do Norte.
“O julgamento deve começar por
volta das 9h. Mas, pela complexidade do processo, só deve terminar nesta sexta
(29) ”, disse a advogada Kátia Nunes, responsável pela defesa do PM Itagibá
Maciel de Medeiros. Também começam a ser julgados nesta quinta o policial
militar Rubens Bezerra da Rocha, o comerciante Moisés Severiano da Silva e o
vaqueiro Osvaldo Galdino da Silva. Os outros 14 acusados aguardam julgamento em
liberdade.
"O processo tem muitas
falhas, erros que não dão segurança para uma condenação. Além disso, eu
acredito na inocência de Itagibá", afirmou a advogada.
Operação Hecatombe
A operação Hecatombe foi
deflagrada no dia 6 de agosto de 2013 e prendeu 18 pessoas, entre elas seis
policiais militares e um ex-PM. Segundo a Polícia Federal, responsável pelas
prisões, durante as investigações foram encontradas provas do envolvimento dos
acusados em um grupo de extermínio responsável por 22 homicídios consumados e
outras cinco tentativas de assassinato. No total, ainda foram apreendidas 29
armas, entre revólveres, pistolas, espingardas e um fuzil. Além disso, mais de
11 mil munições também foram encontradas.
Uma delegada de Polícia Civil,
um promotor de Justiça e um agente da Polícia Federal estariam marcados para
morrer. As investigações também apontaram que o grupo cobrava entre R$ 500 e R$
50 mil para executar as vítimas.
Armas pertenciam a grupo de
extermínio desmontado pela operação Hecatombe no RN (Foto: Divulgação/Polícia
Federal)
A operação foi realizada nos
municipios de Natal, São Gonçalo do Amarante, Parnamirim e Cerro Corá. Ao todo,
participaram da ação 215 policiais federais, sendo que 30 deles são do Comando
de Operações Táticas Especializado em Operações de Alto Risco, de Brasília.
Todos os presos foram autuados
por crimes de homicídio qualificado praticado por grupos de extermínio e
constituição de grupo de extermínio. As penas máximas dos crimes cometidos
pelos principais integrantes do grupo, se condenados, podem chegar a 395 anos
de prisão.
Nas denúncias oferecidas à
Justiça, o Ministério Público concluiu que os motivos das execuções eram os
mais variados e iam desde crimes encomendados, disputas pelo controle de pontos
de venda de drogas, brigas, discussões e até mesmo a queima de arquivo com a
eliminação de testemunhas de crimes.
G1 RN
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